domingo, novembro 17, 2013

Starstuff



"The nitrogen in our DNA, the calcium in our teeth, the iron in our blood, the carbon in our apple pies were made in the interiors of collapsing stars. We are made of starstuff" - Carl Sagan.

quarta-feira, novembro 06, 2013

Quando alguém te radiografa a alma

Apesar do jeito duro. Turrona.  Alguém disse com propriedade isso: Tu é de uma lealdade constrangedora. Sendo capaz de gestos de carinho e consideração e distinção ao próximo (os próximos que elege mediante rigorosa seleção ética, não moral, mas ética) que derreteriam até o coração de Nero,  Átila e (talvez) do Hitler.

sábado, outubro 26, 2013

Zine XXX


A casa sempre termina num 4. A soma de todos os medos, ou certezas. Um lugar gigante. Pessoas são baratas, baratas são ratos, ratos são pombas. Houve um tempo de incertezas. E ele era bonito. Dois grandes olhos negros. Os cílios piscando numa velocidade frenética. A medida das horas se passava ali. Em cada piscar. Mas os olhos foram ficando arenosos, pesados. Stairway to heaven na vitrola. Tudo que ele escreve provoca uma avalanche de sentimentos póstumos. Deviam proibir os caras que escrevem bem de maneira tão autoral, passional, de publicar, postar, mandar emails. É uma covardia com os outros. Meros mortais movidos a malte e sem nenhum empaticismo. Losing my religion (again).

terça-feira, outubro 15, 2013

Alô polícia...



Alô,Alô Polícia!
Polícia pode vir
Polícia Belford Roxo, de Duque de Caxias
Polícia Madureira, polícia Deodoro
São Cristóvão, Bonsucesso, da Benfica
Da Pavuna, da Tijuca, de Quintino, do Catete, Grajaú
Polícia do Flamengo, Polícia Botafogo, da Barra da Tijuca
Polícia, Polícia, Polícia, Polícia pode vir

:)

RUMO AO RIO!

sábado, outubro 12, 2013

quarta-feira, outubro 09, 2013

Never be a spectator of unfairness or stupidity


"Não confie na compaixão; prefira a dignidade para você e para os outros. Não tema ser considerado arrogante ou egoísta. Olhe todos os experts como se eles fossem mamíferos. Nunca seja um espectador da injustiça e da estupidez. Procure o debate e a discussão por eles mesmos; o túmulo fornecerá muito tempo para o silêncio.” - Do mestre Christopher Hitchens. 

sábado, outubro 05, 2013

E o tal filme da Mulher Maravilha nunca sairá?!

Um dia quem sabe um estúdio toma vergonha na cara e faz um filme digno dessa heroína tão maravilhosa! Wonder Woman sempre é renegada porque roteiristas e diretores não sabem, ou melhor, não querem aproximar a fantasia da realidade.

sexta-feira, outubro 04, 2013

Meu pai sabe das coisas :)

They won't leave in the night, I've no fear that they might desert me!

quinta-feira, outubro 03, 2013

"Porque, pra nós dois, qualquer equação dá zero, porque perdemos pra caralho, porque também ganhamos, ainda que a soma seja sempre o empate".

A vida. Velha vida.

segunda-feira, setembro 30, 2013

quinta-feira, setembro 19, 2013

O evangelho segundo Jesus Cristo



"Deserto é tudo quanto esteja ausente dos homens, ainda que não devamos esquecer que não é raro encontrar desertos e securas mortais em meio a multidões".

"Olharei a tua sombra se não quiseres que te olhe a ti, disse-lhe , e ele respondeu, Quero estar onde a minha sombra estiver, se lá estiverem teus olhos".

Saramago, o foda.

E atenção >>> a primeira página do livro diz tudo: A Pilar.

Viva o amor!

Sem mais.

segunda-feira, setembro 16, 2013

Era paz

É noite. Caminho nas ruas de Porto Alegre. Quando levanto a cabeça e olho o céu cinza com os galhos retorcidos das árvores, sorrio. A imagem emblemática foi uma espécie de pintura ao vivo. Era paz. Devia ter fotografado.

sexta-feira, setembro 13, 2013

Apenas começando

Foram mais de duas horas no trânsito. Bastou descer do carro para cair um temporal. Dizem que a chuva trás boa sorte. No meu caso, altera apenas a estrutura capilar. Estacionamento e ingressos pagos. E dali em diante foram 3 horas de encantamento, caminhadas, estandes e literatura. Fui com a intenção de olhar, matar tempo, passear, conhecer, tentando não liquidar o restante de verba das férias. Mas ali dentro do Riocentro entre milhares de livros é impossível (pra não dizer irresistível) não comprar. Além de ser mais fácil encontrar o que se procura, a Bienal do Livro do Rio - diferente da Feira do Livro de Porto Alegre - é um lugar onde as editoras têm espaço. E assim, localizar obras que vão além da auto ajuda e dos mais vendidos fica fácil. Sem falar nos preços que realmente valem a pena. O desconto não é de 5 porcento e os saldões incluem até livros de artes plásticas. Ah mas nem tudo é perfeito, metade dos expositores eram voltados para a literatura infantil e infanto juvenil. Mas pensando bem, que bom né?! É importante que os "pitocos" de hoje se apaixonem e muito pelas palavras, afinal serão eles os leitores de amanhã.
A experiência foi maravilhosa e as sacolas saíram recheadas. É, parece que a chuva me trouxe boa sorte. E já começo a suspeitar que o meu caso de amor com o Rio de Janeiro está apenas começando... 

terça-feira, setembro 10, 2013

segunda-feira, setembro 02, 2013

Ainda me cura

Eu sonho com ele. Rimos. Ponho a cabeça em outras histórias. Sinto falta de papéis. Pequenos pedaços me dariam gozo. Monto casas. Com gosto.
Tenho dois fios visíveis de cabelos brancos.  E torná-los públicos é como ficar nua. Nem toda nudez será castigada. Gostei dos pelos - tão polemizados - na última playboy. Acho que a mulher não é um objeto industrializado, maquinado ou usurpado que precisa se moldar a padrões de moda, estética ou desejos sexuais (será?). Todas as 15 janelas, ou melhor, sacadas do prédio da frente estão no escuro. Sou notívaga. Deito tarde. Não temo o futuro. Ando assim, sonhando sem pretensões. Com a pele bronzeada e o coração louco por um novo mundo doudo de aventuras. Teu riso. Assim, surreal. Ainda me cura. 

sexta-feira, agosto 30, 2013

Passar roupa

Eu não sei vocês, mas me acalma. #estranho

domingo, agosto 25, 2013

terça-feira, agosto 20, 2013

Búzios, eu te amo!

Perdidamente apaixonada por este lugar. Agora te entendo Brigitte Bardot. 

terça-feira, agosto 13, 2013

A ligação

Gramado.
Massa italiana. De verdade. Com tudo que temos direito. Era de lamber os beiços.
Ríamos com a felicidade simples de ter saciado o prazer da gula.
O telefone toca. Cai.
Toca. Cai.
Toca mais um vez. Finalmente funciona.
A ligação é breve.
Era o que faltava. Era o parmesão fresco. Era a taça de vinho. Era a sobremesa.
A ligação era.
O futuro é. 
Agora não nos falta nada.

Feliz! 

quinta-feira, agosto 01, 2013

Surpreenda-me


Façam a seguinte experiência: entrem no google digitem a expressão "Surpreenda-me" ou o equivalente em inglês "Surprise me". Sabem quantas referências vocês obterão? Mais de 30 milhões. Surpreenda-me, pedem canções, poemas, blogs. Surpreenda-me, pedem-nos as pessoas em geral. Com boas razões.Temos uma tendência irresistível para cair na rotina, para repetir as mesmas coisas, para dizer o que já foi dito, para olhar o que já foi visto. Por que fazemos isso? Em primeiro lugar, por temor ao desconhecido; no fundo, bem no fundo, achamos que as surpresas em geral são desagradáveis e que temos de evitá-las. Em segundo lugar, por comodidade e preguiça. É mais fácil repetir a rotina. Isso até pode funcionar quando se trata, por exemplo, de um trabalho no qual a inovação não é fundamental; ai, "more of the same", mais da mesma coisa talvez seja inevitável. Mas quando falamos na relação a dois a coisa é completamente diferente. Qualquer paixão, por mais intensa que seja, acaba liquidada pela rotina. Muitos jovens sabem disso e se perguntam, inquietos: como renovar os sentimentos? Como redescobrir o amor a cada encontro? A resposta está no "surpreenda-me". Nenhuma novidade nisto: quem escreve contos, como eu, sabe que uma história bem-sucedida, a história que arrebatará o leitor, é aquela que guarda uma surpresa para o final. Mas as histórias de amor que vivemos na realidade não precisam esperar o final.
A surpresa pode aparecer a qualquer momento: um lugar diferente, uma viagem, uma frase, um gesto. Surpreender a pessoa amada é partilhar daquela emoção que tinham os antigos navegantes quando chegavam a um novo país. E, se navegar é preciso, surpreender também é preciso, para chegar ao país da duradoura paixão."

Moacyr Scliar

domingo, julho 28, 2013

Óh que dupla boa

A musa Letícia Sabatella e o namorado muso Fernando Alves Pinto. Lindos, legais e apaixonados por música! Deu nisso...
Paroupupti from Leticia Sabatella on Vimeo.

sábado, julho 20, 2013

Um voava, o outro não

Temei os que não nasceram para a aventura.
Temei os pobres de espírito.
Eles nunca terão o planeta terra como maior lembrança.
Joy rider, yes I am!
Agora entendo o desejo louco de traçar mapas e correr o mundo afora.
Aprovado! 

quarta-feira, julho 17, 2013

Cosmos na TV em 2014

A antiga série dos anos 80 voltou. Com tecnologia e mais conhecimento. Me perguntem um sonho?! Fazer algo como "Cosmos" na televisão.

The new trailer for COSMOS: A Space-Time Odyssey has been released! (Now with voice-over from Carl Sagan)



Coming in 2014.

‪#‎Space‬ ‪#‎COSMOS‬ ‪#‎CarlSagan‬ ‪#‎NeildeGrasseTyson‬ ‪#‎PaleBlueDot‬

sábado, julho 13, 2013

No dia do rock...


A minha homenagem para o gênero musical que salvou minha vida da mesmice de tudo. Obrigada papai pelo Elvis e Beatles, obrigada mamãe pelo Kiss, obrigada RS pelas bandas gaúchas, obrigada dindo pelo rock argentino, obrigada djs pelos pedidos atendidos, obrigada aos irmãos americanos que inventaram a guitarra, obrigada Vini pelo resto todo. ;)

quarta-feira, julho 10, 2013

Queria

Ter quinze anos e um futuro inútil pela frente.
QUERIA
desmaiar de emoção, morrer de tesão, viver pelo sempre.
Antes que me acusem de relapsa, confesso:
o que mais me dói é existir no ontem, não ter serventia
pra nada que não seja passado, dirigir a vida de costas.
Madame Zora garantiu que o problema é de signo,
o caranguejo, que só anda para os lados, e que sou bem assim,
fico tentando alcançar o futuro, contornando o presente. bobagem dela.
Não sei para onde ir, só isso. um dia, porém, acerto o passo, e encontro o caminho.
O importante é não ter sido inválida.

segunda-feira, julho 08, 2013

Life, a pulseira que lembra as berloqueiras da mamãe


Minha avó usava e a dinda também. Em casa fui criada ouvindo os barulhinhos dos berloques da mamãe. E hoje ao ver a pulseira Life me lembrei que sempre quis uma berloqueira com as coisas mais importantes e legais da minha vida. O berloque é um pingente, uma joia (você sabia que a palavra perdeu o acento?),  um simples detalhe que serve para contar história. A história de cada mulher. 

Se eu soubesse tinha pedido uns berloques de aniversário, agora que passou vou construir minha história, mesmo que ela não fique pendurada no meu pulso. Se bem que aquela chave com coraçãozinho é tão baratinha...

sexta-feira, julho 05, 2013

10.950 dias com ela

Não, não vou reclamar. Isso era uma certeza. Pelo menos no curso natural do sistema biológico, caso ele não fosse interrompido. Tinha que chegar. E chegou. Mas antes de falar "dela" - a minha nova idade -  é preciso falar de algo mais importante: "ela".
Ela me deu tombos. E muitos. E considero que eles vieram antes da hora. Mas a doença, a tristeza, o desamor não marcam data para chegar. E a cada queda eu percebi que ficava mais forte. "Aquilo que não me mata, me fortalece", já dizia o velho Nietzche. Aprendi a ter força na marra. Aprendi a lutar pelo que queria. Mas a luta não é só nas dificuldades mas sim quando encaramos desafios, novidades, até um relacionamento novo. Lembro que o meu primeiro emprego foi apenas para levantar grana para pagar a carteira de habilitação, aos 18 anos. Coisa que até hoje, não consigo assimilar como um grande feito na vida de uma pessoa. Não me sinto melhor nem pior que os outros por não ter determinada coordenação ou aptidão para algo na vida. Me falta disciplina. E sim, tem vezes que me envergonho de ter desistido dessa luta (aliás, foi a única em que fui entreguista). É importante nessa altura do campeonato reconhecer os próprios erros. Autocrítica na medida só nos faz crescer. Coragem menina, um dia você chega lá. 
Mas se não são os carros ou o esporte que me fascinam neste tempo todo, o que me encanta? Ou melhor o que "ela" me trouxe de bom?! Amigos, família, dinheiro, trabalho?! Não. Detalhes. "Ela" me trouxe os mais belos detalhes que uma garota poderia ter.
Música com ruído da agulha. Desde cedo minha casa era embalada por LP's no toca discos. A família reunida para o almoço. A espera angustiante pelo papai. O beijinho de boa noite e a mão de seda da mamãe. A hora do conto, as brincadeiras de lógica e memória, o riso de criança debaixo dos lençóis dos pais. A birra para não comer cebola. A falta de apetite. O quadro negro no quarto. A mão cheia de giz. O duro e traumático refluxo urinário que me deixou com apenas 1/2 do rim esquerdo. Pelo menos esse danado ainda funciona. Ufá.
Tudo se encaixava de forma perfeita no transcorrer das horas. A menina cresce. As Spice Girls. Os Beatles. O nome por causa do Elvis. E reparem: gostava de estudar. Ahhh quantas provas gabaritadas em história e literatura. O sonho de ser arqueóloga, pediatra ou historiadora. Tudo que a gente quer ser quando crescer é crescer. E de repente, lá estava eu, crescida. Entre a faculdade de fisioterapia ou de jornalismo. Mais uma vez os detalhes: A guria de voz grave, risonha e despojada que era líder de turma e andava de tênis adidas ouvindo Beastie Boys no walkmann organizava festas no colégio e até escreveu fanzines e jornais do centro acadêmico. Talvez os últimos anos na escola tenham definido meu destino profissional.  E a decisão foi ali, num 30 de julho qualquer enquanto chorava no colo da mãe. 
Desde então pensei que ser jornalista era ter o poder e a capacidade de mudar o mundo. Era um jeito de estar perto da História. E contar ela todos os dias. A visão romancista ainda mora no meu íntimo. Mas na prática, descobri que ser repórter é ser (mais uma vez) forte. Eu precisava ter a habilidade e o jogo de cintura para aguentar os prós e contras da profissão. Foi na rua. Nas chuvas, nos tiroteios, alagamentos, incêndios, descobertas cientificas, tragédias, carnavais. No dia a dia da reportagem que me tornei a profissional que sou. E o que sou?!  Sou ética, justa e verdadeira. 
Se me perguntarem: "o que a tua profissão te trouxe"? - Eu direi que a Verdade. E a descoberta de que "cada minuto pode ser o último".  
E foi e é por causa disso que valorizo mais e mais o Cosmos e o AMOR. O sentimento que não existe se não for real.. Não se encontra nas prateleiras e nem a ciência explica. Apenas sentimos. Simples assim. Eu acredito que o amor é detalhe. Jazz, arte, boa comida, admiração, livros, auroras boreais, banho de mar, astronomia, festas, cumplicidade, museus, cheiro de mato, gols, dança, velas, poesia, roupa limpa, cartas, aroma de infância, devoção, lugares novos, respeito e gente que me fascina. Isso é o amor. E se eu contar quem me fascina, fica fácil: amor é meu pai, minha mãe, meu Preto, minha família, meus afilhados e alguns bons e poucos amigos e amigas que conquistei pelo caminho.
Isso é amor. E sei bem porque cheguei ao 30 anos com tudo que tive direito: amando e sendo amada! Então, seus moleques, sejam bem vindos, porque bem vividos vocês já foram. Conclui: a idade - realmente - só melhora a gente. 
Afinal, graças a cada célula morta é que tenho "ela": minha apaixonante vida! E desde 5 de julho de 1983 dividimos 10 mil 950 dias de grandes histórias, algumas dores e muito, muito AMOR!

quinta-feira, julho 04, 2013

quarta-feira, julho 03, 2013

segunda-feira, junho 24, 2013

O que eu quero?

Dividir
O riso.
A cama.
A janta.
Uns pedaços de papel
Bem escritos.
Uma música inteira.
Cantada ao pé do ouvido.
Um cordão perto do coração.
Pra te manter comigo.
Para manter todos que se foram.
Bem perto do peito.
Um piano na parede.
Não preciso de cauda para som e fúria.
Um tique taque.
Pra contar cada hora que passa afastada.
Novas lentes
Para ver o mundo colorido.
Casa nova. Bairro novo.
Fotos para refrescar a memória quando ela falhar.
Um fígado resistente.
Joelhos fortes.
Pintura.
Poemas.
A livre expressão artística.
Um portrait.
É a velha tradição greco romana remanescente em meu sangue.
Banho de chuva.
De mar.
De mangueira.
Dançar de vestido solto e pés descalços.
Cartões.
Cheiro de roupa limpa no varal.
Uma nova aventura para se inspirar.
Cuba.
Um pedido.
Uma resposta.
A solução.
Ou simplesmente:
Deitar na cama e ser surpreendida.
É assim, foi assim...é o tal
poder do dia a dia.
É isso que eu quero.

I've got a soul, but I'm not a soldier

terça-feira, junho 18, 2013

Para falar das minhas olheiras

Vê estas olheiras dramáticas,
este poema roubado:
"o cinamomo floresce em frente do teu postigo.
Cada flor murcha que desce, morro de sonhar contigo."
Ó bardo, eu estou tão fraca
e teu cabelo é tão negro,
eu vivo tão perturbada,
pensando com tanta força
meu pensamento de amor,
que já nem sinto mais fome,
o sono fugiu de mim.
Me dão mingaus, caldos quentes,
me dão prudentes conselhos,
eu quero é a ponta sedosa do teu bigode atrevido,
a tua boca de brasa, as nossas vidas ligadas, sempre!

Adelia Prado

segunda-feira, junho 17, 2013

12º andar

Nem penso no que eles pensam. Agora entendo porque o garoto não suportava as máquinas ferozes. Elas vivem podando sua criatividade e impondo sentenças medíocres para fins lucrativos. Sim, eu já sabia disso. Mas a gente sempre tenta mascarar a realidade. É como o botão que falta na camisa. O botão falta e você sabe que a camisa vai continuar servindo mesmo assim. 
Ele disse vem. Não fui. E os azulejos permaneciam craquelados. Uma menina sorri no 12º andar. Ela olha para fantasmas.  Mas não os teme. Ainda assim, sorri. O relógio da vida vai tiquetaqueando em minha cabeça. Cada minuto pode ser o último! A umidade relativa do ar afeta proporcionalmente os rins. Faz frio. Nem dá pra bater o queixo. No meio da multidão vi seu riso. Vem. Eu fui. Chega o momento em que as fichas caem e percebemos que mesmo sendo poeira cósmica, um instantinho fugaz, seremos sempre estrelas. Nunca aceite nada menos do que o brilho delas. E não são só números, verbas, gastos. E sim sentimentos. Emoções. Honra. Dignidade e Respeito.
E agora penso lógica e racionalmente como nunca havia feito antes.
Basta de empresas sanguessugas, de políticos corruptos, de mulheres malvadas, de um governo que não investe no que importa, de homens cretinos, de gente que rouba, de impunidade. Basta! 
É hora de arrancar a camisa, esteja ela com ou sem botão. 

domingo, junho 16, 2013

sábado, junho 15, 2013

I should have know

I should've know: look at the shape you're in
I should've know...

sexta-feira, junho 14, 2013

Por um Brasil com mais vinagre

Foto: Daniel Marenco
Eu sou contra os vidros quebrados. Mas a favor das ruas tomadas. Não tolero patrimônio pichado. Mas  gosto muito dos criativos cartazes nas manifestações. Vejo a o quebra-quebra com desdém, mas a voz em uníssono do povo, isso vejo como um novo hino nacional. Gracioso e encorajador. "Sem violência, sem violência" - e isso não sai da minha cabeça. 
Fico pensando cá com meus botões: ainda bem que começamos a reagir. Me chateava essa inércia que nos toma o corpo e a mente todos os dias. Precisamos sim, sair para as ruas. Elas são de fato a nossa arquibancada, no dito país do futebol. E isso, esse rótulo cretino, é o que mais me envergonha. Não tenho nada contra o futebol. Gosto muito dele. Acho importante a prática esportiva e vejo como lazer e diversão para os que torcem. Mas exportar um país como "o do futebol" me irrita. E não é de agora. Poderíamos ser o país das descobertas científicas, o país do rocknroll, o país da natureza, da floresta mais linda do mundo, da literatura, da medicina, da liberdade, das artes plásticas, ou simplesmente sermos o "país sem corrupção". E é aí que entra essa massa que começou - em Porto Alegre - a tomar as ruas. E que agora, se espalha. E tem que se espalhar, espalhar, espalhar e espalhar ainda mais. 
Marchas pela maconha, das vadias, do orgulho gay sempre estão lotadas. E agora nossa marcha também toma proporções. E não, ela não é apenas por 0,20 centavos. Não. Essa marcha, é de quem cansou de pagar imposto e não ter retorno. É de pagar pelos maus serviços e saber que parte dos tributos vão financiar a corrupção. São tantas obras acontecendo, e nenhum hospital cresce aos nossos olhos. Ao contrário. São estádios, avenidas, viadutos, árvores podadas, a cidade se desenvolve (que bom)! E falta exatamente um ano para ficar perfeita aos olhos do mundo. Mas e essas notas fiscais com muitos e muitos zeros que pagam as obras, quem as vê? Onde está a transparência da Copa? Será que em 5 anos vamos descobrir um esquema de corrupção que aconteceu em 2012/2013 nas capitais que seriam sede dos jogos?! Será que os jornais vão estampar o novo valerioduto? Teremos mensaleiros?! Cuecas e calcinhas cheios de dinheiro do gramado estilo Fifa superfaturado?!
Sinceramente, não sei. E quero que isso não aconteça.
Mas nos últimos anos essa mesma população e essa juventude que saiu para as ruas acompanhou tanto escândalo que finalmente começou a dizer: BASTA! Não quero pagar mais por um serviço ruim. Não quero empresas lucrando e inflacionando tudo anualmente, sendo que meu salário não muda nada em um ano.
Estamos chegando no nosso limite. E isso é bom. 
Mas o Estado, que se diz democrático, não gostou disso.
Vide o episódio de São Paulo. A imprensa foi atacada com balas de borracha. Bem nos olhos de quem registra tudo. Quem estava trabalhando, foi agredido. Spray de pimenta. Um click. E o ato lembrava os duros tempos da ditadura. Jornalistas presos. Por tentar evitar os efeitos do gás lacrimogêneo. "Abre a mochila, abre a mochila". 
Ficamos com medo? Que nada! 
Pois que a polícia saiba que nós não escrevemos com as mãos, com os olhos ou a boca. Ledo engano.  Daqui para frente, teremos, queremos e noticiaremos um Brasil com mais vinagre. Em bolsas, mochilas e afins.  
Foto: Internet/2013

quinta-feira, junho 13, 2013

- Cada um dá aquilo que recebe?!
- Não.
- Cada um dá o que tem. E uns tem tão pouco...

(...)

E eles se olharam e chegaram a conclusão mais sábia daquela noite.

quarta-feira, junho 12, 2013

Morena, crespa e rouca...

Essa é pra ti, garoto!

domingo, junho 09, 2013

Para as minhas morenonas lindas...

Lembra nós, Cibele e Andressa!

sexta-feira, junho 07, 2013

segunda-feira, junho 03, 2013

Mais uma descoberta

Pra quem gosta de Folk e Alternativo...

sábado, junho 01, 2013

Lei Seca virtual

O bêbado virtual, mais frequente na madrugada, tem um único objetivo: achar uma bêbada virtual. Que nem sempre está bêbada, diga-se de passagem, pode apenas estar insone aquela hora da noite. Pode ter acabado de chegar do plantão, ou ter visto um minissérie com a mãe ou  pior ainda ter dado de mamar a um bebê. Mas essas coisas o bêbado virtual releva porque afinal é uma fêmea, uma caça qualquer à disposição. E ele, confia no seu taco. É ai que a Lei Seca deveria se estender ao mundo virtual. Não é possível que os bêbados continuem a transitar livremente pelo Facebook. Para a sua própria segurança, deveriam ser interditados.  Não precisaria de bafômetro. Nesse caso, o bêbado ao invés de enrolar a língua enrola mesmo os dedos. E dedilha tanta merda. Surgem "hahahas" fora do lugar, links repetidos de outras cantadas, insinuações, "hummms" excessivamente longos, tergiversações surrealistas, haicais involuntários, vírgulas e todo estupro que a língua portuguesa pode sofrer. Os menos cretinos pelo menos não fazem "declarações de amor", porque o bêbado arrisca primeiro na  questão fisiológica "da coisa" para ver se cola. E se colar, coitado! Afinal, ele só conseguiu uma desesperada do outro lado da tela. 

quinta-feira, maio 30, 2013

Fidel

Enquanto meu sangue ferver a reação química explica tudo. Não suporto migalhas. Sempre quero mais do que vem nos poemas, nas barras de chocolate, nos livros que alguns julgam tão complicados. Ele anda sempre com a mesma vitrola velha. Com os discos chatos e nada inovadores. Parei na frente da escultura televisionada. Vi e o pior - ouvi - ignorâncias ainda maiores frente a beleza da arte. Ah, o que nos salva vai muito além da sobrevivência fisiológica. Cortaria uma orelha. Alheia. Para não ouvir tanta besteira. Fizeste bem meu velho Vincent. Arrancaria com uma fome/fúria à lá Lecter alguns olhos e daria para os gatos comerem. Não me resigno. Canso do movimento diário. Do passado tão cheio. Do presente vazio. Mas me encanta o silêncio. A quietude de uma pessoa. A sala cheia de amor, mas sempre tão tranquila. Subo e desço escadas. O exercício já dura 3 décadas. Não canso. Aliás penso em mais degraus... Ainda tem essa merda toda rolando e o mapa mais lindo da América segue perdido. Caixas roxas. Falta paciência. Penso em Fidel. Dias de sol. O velho desejo desenhando-se na minha frente como uma noite quente no Caribe. Mulata. 

segunda-feira, maio 27, 2013

sexta-feira, maio 24, 2013

sexta-feira, maio 17, 2013

Na paleta!

Perdão é para as divindades. "Trairagem", mal-agradecimento e trouxice se marca é na paleta...

quinta-feira, maio 16, 2013

Burning fever of my blood

"Often do I strive to allay the burning fever of my blood, and you have never witnessed anything so unsteady, so uncertain, as my heart. But need I confess this to you, my dear friend, who have so often endured the anguish os witnessing my sudden transitions from sorrow to immoderate joy, and from sweet melancholy to violent passions? I treat my poor heart like a sick child, and gratify its every fancy. Do not mention this again: there are people who would censure me for it".

Mr Goethe in Werther.

terça-feira, maio 14, 2013

Angelina, tu é foda!

 
"Eu posso dizer aos meu filhos que eles não precisam ter medo de me perder por causa do câncer de mama."

Sem mais para o momento.

segunda-feira, maio 13, 2013

domingo, maio 12, 2013

Me equilibrando na corda bamba da saudade para não cair

Ela me ensinou a ser forte, curiosa e independente. Vai ver por isso ela tenha ido embora tão cedo. Para testar na prática o que me ensinou. Suportei no osso a derrota da vida frente a uma doença terminal. E vivo me equilibrando na corda bamba da saudade para não cair. Sou forte. Vi e vivi nas ruas as histórias mais tristes e bonitas que podiam ser contadas. Sou curiosa. Me viro e pago a minha vida tanto outdoor quando no melhor indoor do mundo...a minha casa linda, cheia de quadros e uma cama magnética. Sou independente. Foram só 26 anos. Lado a lado. Numa convivência com todos os traquejos de uma família normal...brigas, amor, afeto, revolta. 
Teimosa. Leal. Vaidosa. Amorosa. Tempestuosa. Fiel. Sociável. Bonita. Boa de briga. Minha Mãe.
Ela sempre aparentou ser mais nova do que a idade da certidão apontava. Não tinha rugas. Coisa de família. Todos os parentes com esse DNA de Bagé vieram abençoados com o gene do formol. Era só uma linha de expressão na testa. Marca da mulher sisuda que aos 60 parecia ter 50. Mas não era isso que me fazia ficar encantada por ela. Não. Era o jeito de prender o cabelo. Aquele rabo de cavalo que mantinha os fios em perfeição sem o uso de qualquer gel. Era o batom vermelho. Vermelho paixão e mais nada de maquiagem. Para ela lábios pintados já bastavam. A vaidade até para dormir. Lembro das camisolas, pijamas jamais, não são nada femininos, ela dizia. As pérolas em dias de festa. O cuidado com a pele. Ela passava horas se besuntando de cremes. Os anéis de prata e ouro. Lindos em dedos finos. De quem era bailarina mas poderia muito bem tocar piano. A palma da mão mais lisinha e macia que já toquei. Dava prazer tocar nas mãos dela. Eram suaves, delicadas. E ela tinha ainda aquele perfume. Um perfume de pele. Um aroma próprio. Doce, achocolatado. Quando ela saia do prédio, todos sabiam que ela havia passado pelo corredor. Ela tinha esse cheiro só dela. Não era um simples cheirinho de mãe. Não era um perfume importado.Mas era algo que ela trazia. Era o cheiro do amor. Daqueles que elas chamam incondicional. 
E que hoje, no quarto dia das mães sem ela, faz uma falta tremenda. 
Respiro. Inspiro. E o que me resta é lembrar. 

quarta-feira, maio 08, 2013

Azealia é demais



I could be the right girl
Tell me if you like your lady in my color
Can I be your type? Yeah
I could be the rright girl
Tell me if you like your lady in my color
Can I be your type? Yeah

terça-feira, maio 07, 2013

segunda-feira, maio 06, 2013

Pra se ter um bom dia...


Se viesse acompanhado de um única flor já bastaria.
Pão. Iogurte. Manteiga. Salame e queijo. Simples assim um café da manhã na cama alegra qualquer pessoa. É o que chamo de mimo impagável. Isso porque o café na cama só tem graça quando é elaborado (veja bem não usei a palavra feito, pq fazer já é pedir demais pra muita gente), mas quando ele é elaborado e entregue por alguém que gostamos.
Eu não acharia a mínima graça em receber um café na cama de um garçom ou da empregada. Não. Café na cama bom, tem sentimento. Tem amor. Coisa de família ou de paixão. Sabor que vem do coração.

sábado, maio 04, 2013

Os 40 e a dor

Ela chegou na calada da noite. Não. Minto. Era madrugada. Silenciosa. Quieta. Fui ao banheiro e ao retornar para a cama, pela primeira vez na vida meu corpo não respondia aos meus pensamentos. Um tremor incontrolável tomou conta de mim. Frio. Calafrios. Coloquei meias. Um pijama de inverno e deitei. Mas não consegui dormir. 3 e meia da manhã. Extremidades congeladas. Corpo fervendo. De repente meus dentes rangiam sem parar. Eu buscava a calma para deixar a mandíbula sob controle. Mas foi em vão. Foi ai que percebi: tô ferrada. Peguei o termômetro. Coloquei debaixo do braço. O corpo tremia como uma britadeira. Era um terremoto interno. De dentro pra fora. Incontrolável. Tirei o termômetro, não acreditei na marcação do mercúrio. 
40. Assim, redondinho. 40 de febre. Mil coisas passaram pela minha cabeça. Imediatamente peguei um paracetamol, engoli com água. Nem cogitei pegar o telefone. Tic. Desliguei o abajur. Mas foi impossível dormir. O corpo não era mais meu. Ele lutava contra algo que o invadiu violentamente. Meus dentes poderiam se quebrar. Mordi o travesseiro. Mas o ranger não parava. Virei para os lados. Fiquei de bruços. Barriga pra cima. Nada. Delírios. Fiquei assustada. A situação se estendeu por mais de uma hora até eu conseguir dormir.  
Seis e meia. Suor senegalês. Lençóis molhados. Febre sanada. Mas ao sair da cama o que parecia ser uma dor na coluna se transformou na pior dor que eu já senti na vida. Uma fisgada contínua. Uma espécie de paulada no lado direito do corpo, próximo a lombar.  Náuseas. Dor forte. Mais febre. Emergência. Regurgitei a bile. 
Depois de ecografia, exame de sangue, urina e medicação na veia fui diagnosticada com uma infecção renal. Susto. Meu pai histérico no telefone. 
Medicação por dez dias. Dores ainda leves. Repouso total.
Mas ao ficar doente e estar em casa, deitada solitariamente, me lembrei que nesse mesmo sábado, se ela estivesse viva cuidaria de mim. Com todo zelo, amor e cuidado. Ela vinha com suas mãos longas, de dedos finos e pele lisa como a seda me fazer um carinho na cabeça. Colocaria suas infusões na minha testa, faria a febre diminuir. Me traria almoço, janta, café, tudo na cama. Cozinharia pequenas porções sem sal mas com muito amor. Teria ouvidos atentos. Acordaria a qualquer gemido de dor. Mas ela não estava. O que resta são as lembranças e o amor que ainda nutro por ela neste coração. Coração que sabe que mesmo doente, parabenizaria e festejaria com ela seus 72 anos. Mas na ausência dela, minha mãe, vieram as maiores demonstrações de cuidados e carinho. E (re)descobri que quem tem amor e tem amigos, tem tudo! 
Ligações, mensagens, Whatsapp, tudo me animou. É quando a gente tá mais fraco que percebe que pode ser forte. E sem esse carinho tão especial de tanta gente eu não sei se só os antibióticos, analgésicos e antitérmicos adiantariam.

Obrigada, todo meu amor para vocês: Simone, Tuca, Gabriel, Taline, Cibele Carneiro, Matheus Bonez, Carol Zogbi, Luciana Mismas, Lu Echevarria, Sheron, Kellen, Gabriela, Cibele Carvalho, Déa, Vera, Virgilio, Fonta, Horácio, Giórgia, Karol, Janine, Mineiro, Nanda e tantos outros que foram tão amáveis. A preocupação de cada um só faz aumentar a vontade de tê-los por perto para sempre. #friendship

E o meu agradecimento mais que especial vai para ele: Vinicius. Que se superou nos cuidados de enfermeiro e deixou de lado o finde com os "broders" em Porto Alegre, para ficar enfurnado no meu leito. Obrigada pela sopa maravilhosa, pelas tulipas lindas, pelo blu ray de presente, pelos pequenos mimos, pelo carinho, pelas cobranças para tomar os remédios bem na hora certa, pela cia que me anima, pelos beijinhos para sarar a dor e principalmente por ter deixado esse teu cheirinho no travesseiro do lado, ele é o elixir aromático da minha recuperação! TE AMO! #love

sexta-feira, maio 03, 2013

Bonitinho...


Largo tudo..se a gente se casar domingo, 
Na praia, no sol, no mar...

quinta-feira, maio 02, 2013

Em nosso sangue há algo do mar...

"As vozes estridentes de um milhão de gerações silenciadas no tumulto, no vazio ressonante do oceano, interminável no tempo. Sim, o mar, sempre ali esperando, embora nunca pensemos nele em nossas cidades, mesmo que ele possa estar marulhando junto a elas, mas em nosso sangue há algo do mar que ainda nos evoca numa felicidade escondida quando o vemos e o ouvimos, na memória de ainda estarmos imersos nele, como num ventre que nunca mais poderemos retomar. Flutuando. Bem longe, as aves marinhas grasnavam e chamavam e gritavam, em grandes alturas. O marulhar da água arrastava todas as coisas para o sonho. Julian se recostou, de olhos fechados, na cadeira de lona. Ele era como um falcão, um pássaro marinho, uma ave de rapina, uma águia-pescadora que faz ninho no mar. Ele deve ter tido ancestrais que se lançaram ao mar, em navios de guerra portugueses. A cicatriz era um minúsculo ouriço-do-mar". 

Lawrence Ferlinghetti, em Amor nos tempos de fúria.

quarta-feira, maio 01, 2013

Adoradores do copo de plástico

                                                      Agora desbravando terras cariocas!

terça-feira, abril 30, 2013

O magnético

Percebi a importância dele ainda na adolescência. Fui questionar a família  e descobri que foi por causa dele que vocês me chamam assim: Priscilla. Meus pais eram fãs de rock, para minha surpresa - descobri  agora - na idade adulta. Ela, a bailarina. Ele, o hidrólogo. Dois mundos diferentes, mas que com a convivência foram percebendo as semelhanças. E a música era uma delas. Foram a shows. E também tiveram uma juventude ao som do melhor que o mundo da música poderia oferecer:  Beatles,  Rolling Stones e ele - o Rei do Rock - Elvis Presley.

De couro é para matar a Wonder moça aqui...


Ainda menina eu ouvi muito "Kiss me quick" (a música favorita do meu pai) e Suspicious Minds (a 'fave' da mamãe). Com o advento do dvd ganhei uma coleção com shows e vídeos do Elvis e desde então ele entrou na minha vida com intensidade. Mas agora, em 2013, eis que pela primeira vez assisti um "The Elvis Tribute" - com o cover mais foda do cara. Foi uma experiência maravilhosa. Um espetáculo de dança, voz, música e homenagem. Foram quase 2 horas com as músicas que fizeram dele, mesmo trinta anos depois, o artista solo com o maior número de hits nas paradas mundiais, e mais, ele é o maior recordista em vendas de discos até hoje (ui). E foi ali, na confortável cadeira do teatro que percebi: nossa o cara é O CARA! Fico imaginando as pessoas que viram o verdadeiro. E ao ficar na internet assistindo os velhos registros dele (viva a televisão e o cinema que eternizam TUDO) cheguei a uma conclusão. Elvis não tinha só carisma, potência vocal e um rebolado de cair o queixo. Não, ele era mais que aquele rapaz com o rosto de traços perfeitos e roupa de couro. Ele prendia, hipnotizava. Ele era - definitivamente-  magnético.

Aqui um show completo, já nos anos 70, mais tiozão!



E que toda Priscilla tenha um rei.
A do Presley, foi rápida, teve o do rock. ;)

segunda-feira, abril 29, 2013

domingo, abril 28, 2013

quinta-feira, abril 25, 2013

terça-feira, abril 23, 2013

Se eu fosse inglesa, loira e cantora seria ela, certo..



See I...
I should've been a little bit stronger
I should've been a little bit harder
I should've been a little bit tougher
I should've been a little bit smarter
I should've been a little bit rougher
I should've been a little bit stronger
I should've been a little bit faster
Away from you baby
Away from you

I made it on my own
Now the feeling's gone
It's so gone!

segunda-feira, abril 22, 2013

You had me



Hey listen you’ll be missing
Out on all my love and my kissing
Make your mistakes on your time
When you come down
You’re just no good to have around

domingo, abril 21, 2013

quarta-feira, abril 17, 2013

E eu tinha me esquecido como gosto desse reggae...


De todos, esse é o filho mais foda do Bob!

terça-feira, abril 16, 2013

As pequenas gentilezas do caminho

Corro desenfreadamente. Todo dia. Celulares não param. Odeio a solidão das refeições sem família. E família pra mim são dois. Duas casas não são lares. São viagens. Minhas crianças crescem rápido e como são lindas. Até nisso, na infância, beleza é fundamental. Já diria o velho Vinicius. Ah o meu não é poeta e sim iconoclasta. Trabalho. Tenho aventuras. Histórias. Equipe. Mas é quando estou sozinha, ou lado de outras pessoas da família que acontecem aqueles momentos de rubor. 
Meio dia, sol tinindo na cara. Corro, as usual. Campo de visão reduzido e mesmo tendo olhos de jaboticaba o sol franze a minha testa como se houvessem límpidas córneas azuis acima deste nariz.  Ela devia ter uns 75. 80 anos no máximo. Me abraçou. Parabéns, minha filha. Parabéns. Aeroporto vazio. Domingo. Aperto no peito. Um carrinho se aproxima - pára - grita a mulher. Fico até assustada. Beijos e um abraço apertado. Daqueles carinhosos (e calorosos) mesmo. Fiquei meio sem ter o que dizer e ela saiu dizendo: lembra de mim? 5ª série? - Ah, como é bom encontrar uma professora que foi símbolo de uma educação feliz. Te vejo na TV, mas quero aqueles cabelos crespos de volta, guria. Eu também. E como.  
Supermercado. Páscoa. Ovos sob nossas cabeças. Meu pai surtando com o povo e eu só queria fazer compras tranquilas. Deixa eu tirar uma foto contigo - num tom impositivo. Oi?! Te adoro, aos gritos. Mas não sou artista. Sou jornalista. Não interessa. Meu pai enche o peito. Rio. Strike a pose. Centro da cidade, 19h, entro no ônibus. No primeiro banco um vovôzinho. Desses de cabeça toda branca como algodão. Mal olho pro lado e ele diz: te assisto sempre. Aliás, tô indo pra casa agora te ver as oito e meia. Sou teu fã! Continua assim, menina. Os passageiros me olham. Agradeço constrangida. Mas ao sentar no banco eu penso: é de quem a gente menos espera que surgem as pequenas gentilezas do caminho. 

segunda-feira, abril 15, 2013

O som ao redor



Recife, berço da bárbara civilização brasileira. Num bairro que sintetiza o Brasil, ilhas de luxo em meio ao oceano de favelas. Empregadas domésticas, mulheres negras, lavam as roupas, passam o café na hora certa, são pontuais na faxina. A riqueza hereditária acolhe as novas gerações de patrões. Enquanto cada um cumpre suas funções cotidianas, entre ordens, favores e gestos cordiais, há uma tensão subterrânea que cresce, um susto que está por vir. Por isso, mais câmeras de segurança, alarmes, medo, grades elétricas, luzes automáticas, sensores de movimento, mais tecnologia antipânico e novos guardas noturnos particulares.

No primeiro longa-metragem de Kléber Mendonça Filho, o bairro de Setúbal é o protagonista. Cresceu rápido, vertical e paranoico. Foi habitado pela típica classe média alta conservadora e por uma aristocracia rural que se reinventou na cidade. Francisco é o proprietário de quase todos os imóveis de alto padrão da região. Melhor dizendo: senhor Francisco. Ele é também proprietário de um engenho decadente no interior, onde passa a maior parte do tempo. Seu neto, João, trabalha como corretor dos apartamentos do avô, odeia o que faz e está empolgado por causa do novo romance com Sofia,

Quando João e Sofia decidem visitar seu Francisco no engenho, encontram um cenário de ruínas do antigo complexo açucareiro: um cinema antigo, máquinas invadidas pelo mato, a casa-grande, a senzala e os passos do andar de cima. Revisitam o passado imperial. E no meio de um refrescante banho de cachoeira compartilhado pelos três, embaixo de uma densa massa de água que cai pesada e gélida sobre seus ombros, vem a cena-chave do filme: num piscar de olhos, a água se transforma em sangue, vermelho vívido. São poucos fotogramas. João é encharcado pelo sangue que construiu a riqueza do avô. É uma pista para explicar a violência latente da vida contemporânea. O escravismo está entre o passado e o futuro. Sofia, que também já morou no bairro. Maria, a empregada doméstica que serve a casa de João, viu o menino nascer. Ele é gentil, íntimo e preocupado. Brinca com as netas da empregada, é cuidadoso com a filha, também empregada, que às vezes vai substituir a mãe. É como se fossem “da família”. A pobreza, como a riqueza, também é hereditária. João é decididamente cordial. Aliás, é um exemplar do “homem cordial” de Sérgio Buarque de Holanda no século XXI, que trata as relações de exploração por meio do afeto. Ele é o eixo do filme, nos conduz pelas cenas e nos apresenta o bairro e seus ruídos.

Essa cena faz emergir, em frações de segundo, a história subterrânea que sustenta a história visível. É a mensagem forte do filme. Que o clima de medo, de catástrofe iminente, de terrível ameaça, não precisou de uma gota de sangue para se expandir. Precisou de uma cachoeira. Sobre os jovens ombros de João, pesa o passado de seu avô, com seus capatazes e latifúndios. A chave explicativa da violência contemporânea não seria nem a maldade nem o imediatismo. Seria sim uma violência histórica e estrutural, que permeia o cotidiano brasileiro e já está completamente naturalizada. A paranoia securitária que vivemos é diretamente proporcional à incompreensão das elites nacionais sobre as raízes históricas da violência. Mais que isso: a incapacidade crônica dessas elites de enxergar a reprodução da cultura escravista através dos séculos e as manifestações novas por ela assumidas no presente. O escravismo brasileiro como sistema econômico acabou há mais de um século. Mas o som ao redor não deixa dúvidas: o escravismo como fenômeno cultural está vivo, renovado pelos hábitos modernos das elites brasileiras. 

*JOANA SALÉM VASCONCELOS (Historiadora, USP) - Artigo original publicado em Le Monde Diplomatique Brasil  Fevereiro/2013

segunda-feira, abril 08, 2013

A leveza da paz

Mais uma cidade. Mais um hotel. Já são tantos. E tantas histórias. Ele escreve pra ca*****. Sim!
Cada vez mais e melhor. Essa coisa de falar e escrever demais. Matraca humana. Sei bem como é. Deve ser isso. Não há prazer melhor do que ler alguém. Sim, ler alguém. Cada livro é uma pessoa. Mas pouco importa. Dias de chuva. Na alma. Música nos ouvidos. Diga me com quem andas e te direi se vou junto. Leio. Sem parar. O rapaz latino americano continua o mesmo. Não há dúvida.
Ando. E como andei... as milhares de vidas noticiadas por aqui. Mudo. Vislumbro algo que o coração pede. A cortina do quarto 558 tá fechada. Ele poderia ser, ter, crer. E me pego pensando não é possível - e mais fácil - dar um tiro de misericórdia na cabeça de quem amamos? O velho poeta na sua velha roda de girar. Maresia estraga móveis, janelas, eletrodomésticos. E nós,  tão feitos de carne e osso?!  Enferrujamos?! Com aquela cor avermelhada, porosa e velha?! Limpe as arestas, meu filho. Sempre. Seja rápido. Senão...
Aquele mapa dos Estados Unidos aqui na mochila. As estrelas para contar. Os enigmas para desvendar. Bicicletas. Acordes. Aurora boreal. E os caretas com suas musiquinhas, choppinhos, papinhos de trabalho e filhos. Chatice.
(Re)percebi ao lembrar o velho guardanapo de papel. É isso pohan: VIDA!
Naquela noite esqueci de falar uma coisa. Era sono. Bebida. Paixão. Sei lá. Como dizem por aqui: "agora já eras". Remediamos. Ah, a era oposta. Sim garota, quero, agora, já. Segurança. A Revolução Russa e a Ditadura Militar no Brasil. Armas em punho. Pequenos e frágeis revolucionários. Cada um no seu mundinho. Mundanos.
Somos tão tão tão fodas. Tão tão tão fracos. 3,05 é definitivamente um roubo para uma passagem de ônibus. Abandono tudo que me faz mal. Não quero malas pesadas. Agora só bolsos e bolsas leves. 
A leveza da paz. 
Sobra tempo. 

quinta-feira, abril 04, 2013

terça-feira, abril 02, 2013

segunda-feira, abril 01, 2013

Habitudes mentales


"Comme toujours, je suis sauvée par l'incapacité qu'ont les êtres à croire à ce qui fait exploser les cadres  de leurs petites habitudes mentales".

sexta-feira, março 29, 2013

O prazer de descobrir novidades...

Barbudos, cabeludos e muito bons. Fora a política, o Texas nos surpreende...Com vocês minha descoberta apaixonante do dia: The Bright Light Social Hour. Enjoy it!

PAULADA NAS GUITARRAS...


MAIS UM, FINO DEMAIS COM ESSE BARBUDO...


quinta-feira, março 28, 2013

quarta-feira, março 27, 2013

Hoje é dia de falar do trabalho numa sala de aula...


Dois textos que exemplificam bem como e qual é o papel do jornalista e das empresas de comunicação em meio a uma tragédia.  Tive - por conta do trabalho - que conviver e retratar por 20 dias as dores e a tristeza de Santa Maria. 

RESCALDOS DE UMA TRAGÉDIA

Um mês após o incêndio, o Observatório da Imprensa (26/02) exibido pela TV Brasil relembrou os momentos mais marcantes dessa cobertura pela ótica da imprensa regional. (...) Antes do debate no estúdio, em editorial, Alberto Dines destacou o caráter complementar das mídias nacional e regional: “A grande imprensa não existe solta no espaço, seus atributos dependem dos atributos do espírito cidadão que circula em sistemas de alto-falantes, rádios e tevês comunitárias, jornais de bairro, semanários e diários regionais. Quem sofre o primeiro impacto é o jornalista local, sua sensibilidade e discernimento são essenciais, seu espanto ou sua dor são decisivos”. (...) Enquanto a imprensa local focava na prestação de serviço, a mídia nacional tentava encontrar responsáveis pelo incêndio. “Qual era a grande pergunta das emissoras de grande expressão da mídia nacional? Quem são os culpados. Qual era nossa grande pergunta? Quem são as vítimas. Nossa preocupação era com a informação”, sublinhou Vicente Paulo Bisogno, gerente de programação da Rádio Imembuí. Viviane Borelli, coordenadora do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ressaltou que a imprensa nacional trabalha num ritmo diferente da imprensa regional: “Numa das entrevistas coletivas com o delegado responsável pelo caso, por exemplo, um jornal de circulação nacional queria saber ‘mas já temos um culpado?’, e o delegado dizia ‘não, até agora a gente não está investigando, a gente está tentando colocar a cidade em ordem diante disso que aconteceu’”.(...) Nilson Vargas explicou que Zero Hora e a imprensa de Porto Alegre estão em uma posição intermediária entre a mídia local e a nacional. “A nós cabe um acompanhamento muito forte da investigação e cabe ainda uma postura de profundo respeito, silêncio inclusive, em relação à dor das famílias, que é muito grande”, disse o jornalista. Vargas ressaltou que este tipo de cobertura é bastante complexa e permeada por “tentáculos” tanto para a pequena quanto para a grande imprensa. “A gente tem que ser psicólogo, jornalista, especialista em segurança de edificações e incêndios, acompanhar perícias policiais com um cuidado diferenciado”, afirmou. Fonte: (ADAPTADO) Observatório da Imprensa – 28.02.2013.

A TRAGÉDIA BEM DE PERTO, por Alberto Dines #editorial do Observatório da
Imprensa na TV.// 

Exato um mês depois da catástrofe de Santa Maria, que tirou a vida de 239 jovens brasileiros, o Observatório da Imprensa foi à cidade gaúcha para trazer uma história que a grande imprensa não tem condições de relatar, não é o seu papel. Há dois anos vivemos a mesma situação em proporções muito maiores na região serrana fluminense, quando cerca de mil pessoas morreram afogadas ou soterradas por uma tromba d’agua. Nestas duas tragédias encontramos uma personagem ignorada ou esquecida, porém essencial para a própria sobrevivência da grande imprensa nacional. Fomos à devastada Serra Fluminense e agora à enlutada Santa Maria para buscar ecos da dor e encontramos a imprensa local, a chamada pequena imprensa, na realidade a grande pequena imprensa, infatigável colmeia que produz informações, emoções, produz sobretudo solidariedade. A grande imprensa não existe solta no espaço, seus atributos dependem dos atributos do espírito cidadão que circula em sistemas de alto-falantes, rádios e tevês comunitárias, jornais de bairro, semanários e diários regionais. Quem sofre o primeiro impacto é o jornalista local. Sua sensibilidade e discernimento são essenciais. Seu espanto ou sua dor são decisivos. As catástrofes de Santa Maria, como antes a da Serra Fluminense, mostram que o sistema midiático é imperiosamente pluralista, integrado. O interesse do leitor distante vai numa direção, a palpitação do vizinho vai em outra. Juntos compõem os caminhos da verdade. Separados fazem apenas meia verdade. O projeto para uma grande pequena imprensa faz parte da história deste Observatório. Oxalá possamos desenvolvê-lo em circunstâncias diferentes – com suor, sim, porém sem sangue ou lágrimas.
Profissionais que conviveram com essa tragédia desde a madrugada de 27 de janeiro, ficarão
para sempre com ela. Fonte: Observatório da Imprensa – 26.02.2013.


terça-feira, março 26, 2013

No outono eu quero...

Livros com dedicatória. Chuva no rosto. Verdades absolutas. Roupas limpas no varal. Um prato a mais na mesa de jantar. Músicas velhas. Encantamento. Emails lindos de ler. Riso fácil. As cantadas vindo da pessoa certa. O Deus das pequenas coisas. Distâncias curtas. Sinceridade. A alegria das surpresas. Uma ligação telefônica: "I just called to say..."Terminar leituras. Não desistir do boxe. Continuar evoluindo. Devoção. Matérias boas. Joelhos saudáveis. Ganhar flores. Uma mix tape em forma de cd. Ter mais paciência. Continuar aprendendo. Dividir a vida. Fidelidade. Uma velha Remington (não, não é a arma). Junkebox. A lua. Tão minha lua. Esquecer da tristeza. das tragédias. dos problemas. Ver o sol se pondo todo dia. Mais Yoga. Receber cartas. Felicidade. Observar estrelas. Acender incensos. Ser mimada. O cheiro bom de terra molhada. Taças de vinho. Longas conversas. Parar de roer as unhas. Falar mais baixo. Beber com moderação. Ser recompensada. 
E no final de tudo, como sempre, eu só quero amor.
Eu só quero amar. 

segunda-feira, março 25, 2013

A estrada vai além do que se vê




Moça, olha só o que eu te escrevi
É preciso força pra sonhar e perceber
Que a estrada vai além do que se vê

Sei que a tua solidão me dói
E que é difícil ser feliz
Mais do que somos todos nós
Você supõe o céu
Sei que o vento que entortou a flor
Passou também por nosso lar
E foi você quem desviou
Com golpes de pincel

Eu sei, é o amor que ninguém mais vê
Deixa eu ver a moça
Toma o teu, voa mais
Que o bloco da família vai atrás

Põe mais um na mesa de jantar
Porque hoje eu vou praí te ver
E tira o som dessa TV
Pra gente conversar
Diz pro bamba usar o violão
Pede pro Tico me esperar
E avisa que eu só vou chegar
No último vagão

É bom te ver sorrir
Deixa vir a moça
Que eu também vou atrás
E a banda diz: assim é que se faz!

Sei que a tua solidão me dói...
Sei aquela mesa de jantar...

sexta-feira, março 22, 2013

Open your eyes...




All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you
My bones ache, my skin feels cold
And I'm getting so tired and so old

The anger swells in my guts
And I won't feel these slices and cuts
I want so much to open your eyes
´Cause I need you to look into mine

Tell me that you'll open your eyes

Get up, get out, get away from these liars
´Cause they don't get your soul or your fire
Take my hand, knot your fingers through mine
And we'll walk from this dark room for the last time

Every minute from this minute now
We can do what we like anywhere
I want so much to open your eyes
´Cause I need you to look into mine

Tell me that you'll open your eyes

All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you

quinta-feira, março 21, 2013

E o céu aqui é dele...


O sol daqui é sem dúvida o mais bonito que já vi. Ele não é o sol que queima a pele nas areias do Rio de Janeiro, não é o sol bom para pegar as ondas em Santa Catarina, muito menos aquele sol para seguir atrás do trio elétrico em Salvador. Não! Nosso sol não é para agradar turista. Nosso sol faz parte da cidade.
Todo dia - quando aparece, é claro - ele nos sorri descaradamente. Beija os prédios, suspira pelos morros, invade janelas, franzi testas. Mas é lá no fim da tarde que ele teima em se exibir ainda mais, e com toda razão.  Descendo rapidinho no horizonte aquarelado do Guaíba ele reina absoluto, num espetáculo de beleza única, ímpar, iluminada e sensorial. Ele sabe quem é. ELE é o sol da contemplação. Aqui o astro rei não é apenas um cartão postal. Ele é sim um pedaço insubstituível e apaixonante do Cosmos em Porto Alegre. 

;)

terça-feira, março 19, 2013

O Amor...


" É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos"

Cecília Meireles

segunda-feira, março 18, 2013

The danger of a single story

Vale a pena ver e ouvir o que a escritora Nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie diz sobre "uma única versão da história" ou "o perigo da história única". Fica a dica!



"The single story creates stereotypes, and the problem with stereotypes is not that they are untrue, but that they are incomplete. They make one story become the only story.”
Chimamanda Ngozi Adichie

domingo, março 17, 2013

Tirando a voz rouca...

A kamikase

Eu devia ter uns 6 ou 7 anos pelas minhas lembranças. Foi num daqueles finais de semana na casa da minha dinda - que é sim a minha segunda mãe - que conheci o Furacão. Minha madrinha pegava sempre um vinil e colocava pra gente escutar (e ela sempre teve só o melhor, passando do jazz à mpb). E numa daquelas tardes, e isso me lembro bem, fiquei encantada com a capa do disco "Falso Brilhante", acho que eram o elefantes circenses que me chamaram a atenção. Pedi para ouvir...e quando escutei "Como nossos pais" fiquei pasma. A voz daquela mulher era incrível, intensa, forte, rouca, quis mais. E com o passar dos anos fui querendo e querendo e querendo. Ganhei 'vinils', cds, me trancava no quarto durante a adolescência para cantar Elis. Era mágico. Conheci sua vida lendo biografias, assisti seus vídeos (viva a televisão e seus festivais), descobri que a gaúcha, gremista, temperamental, que amava o Rio de Janeiro não tinha medo de entrar de cabeça nas coisas. Era uma "kamikase". Também pudera: com aquela voz, aquela interpretação e aquele repertório, e uma alma louca dos que amam sem medo a baixinha furiosa era imbatível. E ainda é. Hoje, ela faria 68 anos. E eu vou ver minha dinda. 


"Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais"!

Beijo no ombro né Beth?!

sexta-feira, março 15, 2013

I Can See For Miles...Yeah, I can see...



If you think that I don't know about the little tricks you play


quarta-feira, março 13, 2013

Um jeito meio estúpido de ser, Bethânia




"Você não tem um nome, eu tenho. você é um rosto na multidão e eu sou o centro das atenções.
Mas a mentira da aparência do que eu sou e a mentira da aparência do que você é.
Por que eu, eu não sou o meu nome e você não é ninguém.
O jogo perigoso que eu pratico aqui.
Ele busca chegar ao limite possível de aproximação.
Através da aceitação da distância e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia, que nos separa.
E eu quero que você me veja a mim, eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada te denuncia e  te espelha".

Fauzi Arap

terça-feira, março 12, 2013

Another round of Cosmos : Columbia Journalism Review

Another round of Cosmos : Columbia Journalism Review

Estou encantanda com Neil deGrasse Tyson, um Carl Sagan do Bronx, adouuuro!



Mais um...

domingo, março 10, 2013

Paciência




Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber ?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara
Tão rara...

quinta-feira, março 07, 2013

Em menos de 4 meses eu chego lá...;)


As mulheres de 30

O que mais as espanta é que, de repente, elas percebem que já são balzaquianas. Mas poucas balzacas leram A Mulher de Trinta, de Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos. Olhe o que ele diz:
'Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'.

Madame Bovary, outra francesa trintona, era tão maravilhosa que seu criador chegou a dizer diante dos tribunais: 'Madame Bovary c'est moi'. E a Marilyn Monroe, que fez tudo aquilo entre 30 e 40?

Mas voltemos a nossa mulher de 30, a brasileira-tropicana, aquela que podemos encontrar na frente das escolas pegando os filhos ou num balcão de bar bebendo um chope sozinha. Sim, a mulher de 30 bebe. A mulher de 30 é morena. Quando resolve fazer a besteira de tingir os cabelos de amarelo-hebe passa, automaticamente, a ter 40. E o que mais encanta nas de 30 é que parece que nunca vão perder aquele jeitinho que trouxeram dos 20. Mas, para isso, como elas se preocupam com a barriguinha!

A mulher de 30 está para se separar. Ou já se separou. São raras as mulheres que passam por esta faixa sem terminar um casamento. Em compensação, ainda antes dos 40 elas arrumam o segundo e definitivo.
A grande maioria tem dois filhos. Geralmente um casal. As que ainda não tiveram filhos se tornam um perigo, quando estão ali pelos 35. Periga pegarem o primeiro quarentão que encontrarem pela frente. Elas querem casar.

Elas talvez não saibam, mas são as mais bonitas das mulheres. Acho até que a idade mínima para concurso de miss deveria ser 30 anos. Desfilam como gazelas, embora eu nunca tenha visto uma (gazela). Sorriem e nos olham com uns olhos claros. Já notou que elas têm olhos claros? E as que usam uns cabelos longos e ondulados e ficam a todo momento jogando as melenas para trás? É de matar.

O problema com esta faixa de idade é achar uma que não esteja terminando alguma tese ou TCC. E eu pergunto: existe algo mais excitante do que uma médica de 32 anos, toda de branco, com o estetoscópio balançando no decote de seu jaleco diante daqueles hirtos seios? E mulher de 30 guiando jipe? Covardia.

A mulher de 30 ainda não fez plástica. Não precisa. Está com tudo em cima. Ela, ao contrário das de 20, nunca ficou. Quando resolve, vai pra valer. Faz sexo como se fosse a última vez. A mulher de 30 morde, grita, sua como ninguém. Não finge. Mata o homem, tenha ele 20 ou 50. E o hálito, então? É fresco. E os pelinhos nas costas, lá pra baixo, que mais parecem pele de pêssego, como diria o Machado se referindo a Helena, que, infelizmente, nunca chegou aos 30?

Mas o que mais me encanta nas mulheres de 30 é a independência. Moram sozinhas e suas casas têm ainda um frescor das de 20 e a maturidade das de 40. Adoram flores e um cachorrinho pequeno. Curtem janelas abertas. Elas sabem escolher um travesseiro. E amam quem querem, à hora que querem e onde querem. E o mais importante: do jeito que desejam.

São fortes as mulheres de 30. E não têm pressa pra nada. Sabem aonde vão chegar. E sempre chegam.

Chegam lá atrás, no Balzac: 'A mulher de 30 anos satisfaz tudo'.

Ponto. Pra elas.
Mário Prata

E pouco eu não quero mais

Essa letra e interpretação são fodas!



Estagnado, boiando num marzão, cheio de piranha de pirata e tubarão...


É um bicão em qualquer passeata
Pega a bandeira e vai gritando com a massa
Seu pai bebeu, ele na brisa e no breu
E o gueto tão distante na porta bateu
E vai atrás, conhece toda nata
A Viviane é a sua namorada
De dia vai perdendo o bom tempo
De noite a razão se joga pro sereno

Não quero mais
Nem posso ver
Não quero mais
Brincar com você
Eu desisto, eu desisto

E o troço pega a tal velocidade
E como tudo aquilo que te tira a vontade
Estagnado
Boiando num marzão
Cheio de piranha, de pirata e tubarão

Paga de boy
ele é humildade zero
Na Roma antiga deveria ser o Nero
Berço de ouro
nunca varreu um chão
Dinheiro não é problema
sempre é solução
Mamãe não vê onde seu tubarãozinho chora
Achou que filho de peixe grande não se afoga
Ainda dá tempo, assume teu papel no mundo
Não deixe que esse mar de lama inunde com tudo

Não quero mais
Nem posso ver
Não quero mais
Brincar com você
Eu desisto, eu desisto

E o troço pega a tal velocidade
Como tudo aquilo que te tira a vontade
Estagnado
Boiando num marzão
Cheio de piranha, de pirata e tubarão

Tubarãozinho!
Tubarão!