sábado, maio 30, 2009

Ainda é, mesmo quando já foi

"O amor ilude, contraria, engana. É instável e machuca, abre ferimentos graves e invisíveis, confunde um pássaro com fruto e prende as patas em um caule, corta as asas como se fossem gomos, esvazia a cas, arruína a fé, cria os piores fiascos, infantiliza os joelhos, devasta o certo e o errado, inventa lugares para se esconder, quebra as lentes do óculos, expulsa amizades, prepara escândalos, esconjura atrasos. Ainda assim, é melhor do que o tédio. Ninguém se agride pelo tédio, pois ele anula qualquer vontade."
Carpinejar

quinta-feira, maio 28, 2009

A profundidade sincera das fantasias simples

Há pouco que se compare à emoção de um rapaz levando sua garota para casa. Por mais que muitos tenham feito isso dúzias de vezes, se for A GAROTA, eles descobrem que é tudo único, inédito. Ele sente os perfumes. Tudo se potencializa. Há uma promessa de felicidade que se faz a cada passo. Mas nem sempre escuto isso. E quando escuto sou tomada por uma fantasia simples, com a profundidade sincera que têm as fantasias simples. São cenas quentes. Vejo a noite. Vejo os dois. Vejo-os tão bem... tão claramente... Quem seriam? É a trilha de sempre? Tenho dúvidas! Como sempre.

terça-feira, maio 26, 2009

Morena Mía


Morena mía - Miguel Bose e Julieta Venegas

Morena mía
Voy a contarte hasta diez
uno es el sol que te alumbra
dos tus piernas que mandan
somos tres en tu cama, tres
Morena mía
el cuarto viene después
cinco tus continentes
seis las medias faenas
de mis medios calientes.
Sigo contando ahorita
Bien, bien, bien, bien, bien

Morena mía
siete son los pecados cometidos
suman ocho conmigo
nueve los que te cobro
más de diez he sentido...

Y por mi parte sobra el arte
lo que me das, dámelo, dámelo bien
un poco aquí y un poco ¿a quién?

CHORUS:
Cuando tu boca, me toca, me pone y me provoca
me muerde y me destroza
toda siempre es poca y muévete bién
que nadie como tú me sabe hacer café.

Morena agata, y me mata, me mata y me remata
vamos pal infierno, pon que no sea eterno
suave y bien, bien
que nadie como tú me sabe hacer café
Pero cuando tu boca, me toca, me pone, me provoca
me muerde y me destroza
toda siempre es poca y muévete bien, bien, bien
que nadie como tú me sabe hacer....uff café.

Morena mía
si esto no es felicidad
que baje Dios y lo vea
y aunque no se lo crea
esto es gloria...
Y por mi parte pongo el arte, lo que me das,
dámelo y dalo bien
un poco así y un poco ¿a quién?
Pero cuando tu boca, me toca, me pone y me provoca,
me muerde y me destroza
toda siempre es poca y muévete bien
que nadie como tú me sabe hacer café.

Morena agata, y me mata, me mata y me remata
vamos pal infierno, pon que no sea eterno
Suave bien bien, que nadie como tú me sabe hacer café

Y es que cuando tu boca, me toca, me pone, me provoca
me muerde y me destroza
toda siempre es poca y muévete bien, bien, bien
que nadie como tú me sabe hacer..uff café.

Bien, bien, bien, bien, bien, bien...
Bien, bien, bien, bien, bien, bien...
Bien, bien, bien, bien, bien, bien... Café...
Bien, bien, bien, bien, bien, bien... Café...
Bien, bien, bien, bien, bien, bien... Café...

domingo, maio 24, 2009

Essas gurias...

No MSN:
- Ela é careta!
- Ela não é careta... é uma coisa que não consigo explicar... como que é aquilo que a gente estudou na faculdade?
- Ah não lembro
- Kitsch! É isso. Ela é Kitsch!

* O Kitsch é um termo de origem alemã (verkitschen) que é usado para categorizar objetos de valor estético distorcidos e/ou exagerados, que são considerados inferiores à sua cópia existente. São freqüentemente associados à predileção do gosto mediano e pela pretensão de, fazendo uso de estereótipos e chavões que não são autênticos, tomar para si valores de uma tradição cultural privilegiada.

Colombina

Pudesse eu repartir-me e encontrar a minha calma dando a Arlequim meu corpo e a Pierrot a minh’alma!

sexta-feira, maio 22, 2009

I wanna start a fight...


So so what?
I'm still a rock star
"I got my rock moves"
...

quarta-feira, maio 20, 2009

Auto-Sabotagem

Zinédine Zidane estava a um passo de se tornar o maior jogador da Copa do Mundo de 2006. Ele era a força do time e o grande trunfo da França na temível final contra a Itália. A mídia estava pronta para consagrá-lo como o atacante número 1 do mundo e contratos publicitários milionários o aguardavam. E o que fez Zidane? Para estupor de quase 3 bilhões de espectadores, o jogador arremeteu seus chifres contra o peito do italiano Marco Materazzi depois de uma curta troca de impropérios. Sem mais nem menos. Foi expulso, a França perdeu e ele encerrou sua brilhante carreira. Em vez de fecho de ouro, jogou uma pá de cal. Se esse fosse o problema só do Zidane, tudo bem. A questão era só dele e ponto final. Acontece que todos carregamos um Zidane em potencial dentro de nós. Aliás, não só um, mas um verdadeiro time deles, quicando, trocando passes, treinando chutes, sempre prontos a dar uma inesperada rasteira no que conseguimos com tanto esforço. A questão é que a maioria de nós não sabe como lidar com eles. Caímos na auto-sabotagem porque simplesmente não reconhecemos antecipadamente quando ela se apresenta diante dos nossos olhos. Se muda um pouco o cenário, se os personagens já não são os mesmos, é fatal: esquecemos como foi da última vez que nos estatelamos no chão. Só nos damos conta quando já é tarde demais. E marcamos um gol – só que contra.
***
Isso é só o começo de uma matéria que li essa semana, e por incrível que pareça, muitos que eu conheço se auto-sabotaram em menos de 48 horas. Amigos, familiares e amores. É, não sou só eu quem dou cabeçadas a la Zidane pelo mundo afora!!!

terça-feira, maio 19, 2009

Ui...

O pecado é realmente o único elemento colorido que subsiste na vida moderna.

Quem me dera confiar em mim!

OSCAR WILDE (1854-1900)

domingo, maio 17, 2009

Eletro/bajo/tango/fondo

O "scratch" do dj misturado com a doçura do violino era apenas o começo de uma fusão que me deixaria encantada. No começo do show o bandoneón (instrumento parecido com uma sanfona utilizado sempre no tango) soou delicado, mas depois o som foi mostrando sua face plugada e eletrônica com bateria, piano, guitarra, e um mega contra-baixo. Era dia das mães e foi assim que garanti o meu presente: assistir o Bajofondo no palco do Bourbon Country, em Porto Alegre. Com uma video maker cheia de bossa e rapazes tipicamente hijos del Plata o show foi puro "encantamiento". Tudo parecia um velho tango às escuras em uma calçada de pedra e com aroma de madeira ao redor. As batidas do eletrotango interagiam com as saudosas imagens do Uruguai e da Argentina em um show com uma atmosfera moderna e ao mesmo tempo cheia de histórias. Ao meu lado três caras bêbados gritavam em espanhol coisas engraçadas, logo na frente um casal sexagenário dançava e eu estava em ótima companhia. Mas o que mais me chamou atenção foi a intensidade do show, virtuoso, visualmente bonito, com músicos de primeira qualidade e uma platéia que conseguiu subir no palco. A música de beats eletrônicos e arranjos de orquestra me despertou desejo, alegria e até mesmo o um certo saudossismo do que não se viveu. Foi uma noite incrível, uma baita show, pra mim a apresentação do Bajofondo foi uma experiência nova - quem sabe até mesmo - uma coisa meio "Gardel à la pista"!!! Segue um trecho dos caras aqui na capital dos gaúchos...

"Con los ojos no te veo
Se que se me viene el mareo
Y es entonces cuando quiero salir a caminar..."

quinta-feira, maio 14, 2009

Quem?!

"Tempestuosa, braba, mexicana, irritada, mandona, teimosa, rabugenta e temperamental".
- Prazer! Priscilla!

quarta-feira, maio 13, 2009

Eu tomo banho de chuva e...

fico muito feliz quando meu casaco de veludo cotelê serve de guarda chuva e deixa meus cabelos sequinhos sequinhos durante um temporal.

terça-feira, maio 12, 2009

12:59

- Então, que achou?
- Uma obra do Nelson Rodrigues...Bonitinho mas ordinário!!!

(risos, intermináveis risos)!

segunda-feira, maio 11, 2009

Eu sempre quis ser dançarina de Hula-Hula

O clipe é uma gracinha, a música é ótima e o meu sonho é
dançar a HULA assim assim...

domingo, maio 10, 2009

Um Neruda só pra mim?!

"Quero apenas 5 coisas
Primeiro, é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar, o verão!
A quinta coisa são teus olhos...
Não quero dormir sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando".

sexta-feira, maio 08, 2009

Sorte do dia:

Se você obedecer a todas as regras, vai perder toda a diversão.

Ui!

terça-feira, maio 05, 2009

Em homenagem a A.Pesce


Mia - Paper Planes

segunda-feira, maio 04, 2009

Ode a las cosas

Amo las cosas loca, locamente.
Me gustan las tenazas, las tijeras,
adoro las tazas, las argollas, las soperas,
sin hablar, por supuesto, del sombrero.

Amo todas las cosas,
no sólo las supremas, sino las infinitamente chicas,
el dedal, las espuelas, los platos, los floreros.

Ay, alma mía, hermoso es el planeta,
lleno de pipas por la mano conducidas en el humo,
de llaves, de saleros, en fin,
todo lo que se hizopor la mano del hombre,
toda cosa: las curvas del zapato, el tejido,
el nuevo nacimiento del oro sin la sangre,
los anteojos, los clavos, las escobas,
los relojes, las brújulas, las monedas,
la suave suavidad de las sillas.

Ay cuántas cosas puras ha construido el hombre:
de lana, de madera, de cristal, de cordeles,
mesas maravillosas, navíos, escaleras.

Amo todas las cosas, no porque sean ardientes o fragantes,
sino porque no sé, porque este océano es el tuyo, es el mío:
los botones, las ruedas, los pequeños tesoros olvidados,
los abanicos en cuyos plumajes desvaneció el amor sus azahares,
las copas, los cuchillos, las tijeras, todo tiene en el mango, en el contorno,
la huella de unos dedos, de una remota mano perdida en lo más olvidado del olvido.

Yo voy por casas, calles, ascensores, tocando cosas,
divisando objetos que en secreto ambiciono:
uno porque repica, otro porque es tan suave como la suavidad de una cadera,
otro por su color de agua profunda.
otro por su espesor de terciopelo.

Oh río irrevocable de las cosas,
no se dirá que sólo amélo que salta,
sube, sobrevive, suspira.
No es verdad: muchas cosas me lo dijeron todo.
No sólo me tocarono las tocó mi mano, sino que acompañar
onde tal modo mi existencia que conmigo existieron
y fueron para mí tan existentes que vivieron conmigo media vida
y morirán conmigo media muerte.

Pablo Neruda

Depois disso passem na Feira do Artesanato,. ali no Cais do Porto. Eu que sou apaixonada por artesanias, asi como Pablito Neruda, recomendo!

domingo, maio 03, 2009

Despedida

Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens
E como o conheces? - me perguntarão
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? - Tudo. Que desejas? Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada
Levo o meu rumo na minha mão.

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra
(beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
estandarte trsite de uma estranha guerra...)

Cecília Meireles