Zinédine Zidane estava a um passo de se tornar o maior jogador da Copa do Mundo de 2006. Ele era a força do time e o grande trunfo da França na temível final contra a Itália. A mídia estava pronta para consagrá-lo como o atacante número 1 do mundo e contratos publicitários milionários o aguardavam. E o que fez Zidane? Para estupor de quase 3 bilhões de espectadores, o jogador arremeteu seus chifres contra o peito do italiano Marco Materazzi depois de uma curta troca de impropérios. Sem mais nem menos. Foi expulso, a França perdeu e ele encerrou sua brilhante carreira. Em vez de fecho de ouro, jogou uma pá de cal. Se esse fosse o problema só do Zidane, tudo bem. A questão era só dele e ponto final. Acontece que todos carregamos um Zidane em potencial dentro de nós. Aliás, não só um, mas um verdadeiro time deles, quicando, trocando passes, treinando chutes, sempre prontos a dar uma inesperada rasteira no que conseguimos com tanto esforço. A questão é que a maioria de nós não sabe como lidar com eles. Caímos na auto-sabotagem porque simplesmente não reconhecemos antecipadamente quando ela se apresenta diante dos nossos olhos. Se muda um pouco o cenário, se os personagens já não são os mesmos, é fatal: esquecemos como foi da última vez que nos estatelamos no chão. Só nos damos conta quando já é tarde demais. E marcamos um gol – só que contra.
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Isso é só o começo de uma matéria que li essa semana, e por incrível que pareça, muitos que eu conheço se auto-sabotaram em menos de 48 horas. Amigos, familiares e amores. É, não sou só eu quem dou cabeçadas a la Zidane pelo mundo afora!!!
4 comentários:
humanos, vai entender.
Cabeçada minha, só se for com chifre, por favor...
Tu não me conhece nem eu a ti. Gostei do texto, quem não se identificaria com cabeçadas na parede? Talvez quem não vive. Beijo e boa sorte.
É quem não dá de Zidane heim?!
Anônimo(a) seja bem-vindo(a).
bjos a todos.
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