sexta-feira, agosto 31, 2012

Me faz lembrar dela, sempre




Ô minha linda, minha neguinha
O meu café ficou tão sozinho
Os meninos que passam
Eu olho sem ter pra quem mostrar

Ô minha linda, minha neguinha
Histórias que eu conto no vento
Eu me sento aqui pra ladainha
Eu me sento aqui avoadinha

Eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso as histórias da Dona Sinhá
Mas me falta tu mesmo
E teu jeito de me contar
E eu guardo no bolso
Eu guardo no bolso da Dona Sinhá
Histórias que tu me traz
E as flores começam a girar


O sol se põe na pracinha
E eu me sentei cantando sozinha
O sol se põe lá na pracinha
E eu me sentei sonhando quetinha

O sol se põe lá na pracinha
E eu me sentei cantando sozinha

segunda-feira, agosto 27, 2012

domingo, agosto 19, 2012

quinta-feira, agosto 16, 2012

Les soir ou Les illusions perdus

Passaram-se alguns anos e aquela imagem continuava na minha memória. Horizontal, absoluta, linda. Percorri sites e mais sites procurando por ela. Até que lembrei que durante a visita ao Louvre eu escrevi numa caderneta o nome do pintor o ano e o nome da tela. Tarefa difícil foi encontrar a dita cuja, a caderneta. Mas agora, agorinha mesmo, no meio de uma arrumação no meu chamado "quarto de vestir", ou melhor "quarto da bagunça", eu encontrei. Revirei as folhas afoita e no alto de uma página, escrito a lápis estava o nome de Charles Gleyre, Paris 1874. Corri pro google, digitei e lá aparece o lindo lindo lindo quadro que há anos dá voltas na minha mente. 

                                              Eis a pintura, linda e que sou apaixonada...

E detalhe, no meio da minha pesquisa descobri que o Charles Gleyre é o famoso professor de Renoir e Monet, ele na verdade é o pai do impressionismo. Para saber mais clique aqui

terça-feira, agosto 14, 2012

Esse é o meu clima

I bet you look good on the dancefloor
I don't know if your looking for romance or...

sábado, agosto 11, 2012

quarta-feira, agosto 08, 2012

J'adore!


"Même si tu as des problèmes tu sais que je t'aime ça t'aideras
Laisse les autres totems, tes droles de poèmes et viens avec moi".


segunda-feira, agosto 06, 2012

E que venha o "islã das luzes"


            Um dia todos os homens vão amar e respeitar suas mulheres, seja aqui ou naquele oriente machista e opressor que enfia burca nelas. Pelo menos é o que passou na minha cabeça quando vi esse filme.  
            O longa "La source des femmes", do diretor romeno Radu Mihaileanu (o mesmo do engraçadíssimo "O concerto" ) usa o humor para narrar o drama e a guerra entre os sexos numa aldeia muçulmana no Magreb, norte da África. Inteiramente falado na língua árabe, a coprodução da França, Bélgica e Itália concorreu à Palma de Ouro em Cannes de 2011. E mereceu viu!
           Musical e festivo "A fonte das Mulheres" lança um olhar diferente sobre o islã. Mostra que existem sim, pessoas capazes de revolucionar a sociedade careta e estúpida que reina por lá. Na pequena aldeia, que vive do turismo porque a seca, o desemprego e a falta de vontade política deixaram eles parados no tempo, as mulheres são obrigadas a realizarem o trabalho pesado. Como por exemplo, buscar a água no alto de uma colina. Sempre levando baldes nas costas várias delas  - inclusive grávidas - caem,  se machucam e algumas perdem os filhos. 


           Cansada disso a forasteira Leila ( Leila Bekhti, de "O profeta"), uma das raras mulheres que sabe ler, lidera uma greve de sexo, procurando forçar os homens locais a se mexerem para resolver os problemas do povoado. A greve vira quase uma guerra. 
O marido de Leila, Sami (Saleh Bakri, "A banda"), está entre os homens liberais, é professor, ensina a mulher a ler, respeita os arroubos da amada e tolera o passado da jovem. É um exemplo de árabe, islamita, ou que seja, a ser seguido. Porém dezenas de homens da aldeia recebem a idéia com intolerancia e impaciencia e partem para agressão. Lá pelas tantas, por ser tratar do mundo árabe, a questão religiosa tenta se impor.
           O filme trata de assuntos sérios, e são as canções (que no início me deixaram em dúvida se deveriam ser inseridas ou não), que tornaram a história mais leve. Afinal, como tratar de assuntos que afrontam o fundamentalismo religioso, cultural e social?! Para o diretor, não houve problemas, acho que ele colocou o dedo na ferida certa principalmente em uma época onde vimos várias rebeliões e quedas de líderes no mundo árade (Síria, Egito). 
         Religião, cultura, atraso, machismo, opressão e vitória. Os ingredientes certos para mostrar que "o islã das luzes" está por vir, e nele homens e mulheres serão todos iguais.