segunda-feira, abril 08, 2013

A leveza da paz

Mais uma cidade. Mais um hotel. Já são tantos. E tantas histórias. Ele escreve pra ca*****. Sim!
Cada vez mais e melhor. Essa coisa de falar e escrever demais. Matraca humana. Sei bem como é. Deve ser isso. Não há prazer melhor do que ler alguém. Sim, ler alguém. Cada livro é uma pessoa. Mas pouco importa. Dias de chuva. Na alma. Música nos ouvidos. Diga me com quem andas e te direi se vou junto. Leio. Sem parar. O rapaz latino americano continua o mesmo. Não há dúvida.
Ando. E como andei... as milhares de vidas noticiadas por aqui. Mudo. Vislumbro algo que o coração pede. A cortina do quarto 558 tá fechada. Ele poderia ser, ter, crer. E me pego pensando não é possível - e mais fácil - dar um tiro de misericórdia na cabeça de quem amamos? O velho poeta na sua velha roda de girar. Maresia estraga móveis, janelas, eletrodomésticos. E nós,  tão feitos de carne e osso?!  Enferrujamos?! Com aquela cor avermelhada, porosa e velha?! Limpe as arestas, meu filho. Sempre. Seja rápido. Senão...
Aquele mapa dos Estados Unidos aqui na mochila. As estrelas para contar. Os enigmas para desvendar. Bicicletas. Acordes. Aurora boreal. E os caretas com suas musiquinhas, choppinhos, papinhos de trabalho e filhos. Chatice.
(Re)percebi ao lembrar o velho guardanapo de papel. É isso pohan: VIDA!
Naquela noite esqueci de falar uma coisa. Era sono. Bebida. Paixão. Sei lá. Como dizem por aqui: "agora já eras". Remediamos. Ah, a era oposta. Sim garota, quero, agora, já. Segurança. A Revolução Russa e a Ditadura Militar no Brasil. Armas em punho. Pequenos e frágeis revolucionários. Cada um no seu mundinho. Mundanos.
Somos tão tão tão fodas. Tão tão tão fracos. 3,05 é definitivamente um roubo para uma passagem de ônibus. Abandono tudo que me faz mal. Não quero malas pesadas. Agora só bolsos e bolsas leves. 
A leveza da paz. 
Sobra tempo. 

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