O bêbado virtual, mais frequente na madrugada, tem um único objetivo: achar uma bêbada virtual. Que nem sempre está bêbada, diga-se de passagem, pode apenas estar insone aquela hora da noite. Pode ter acabado de chegar do plantão, ou ter visto um minissérie com a mãe ou pior ainda ter dado de mamar a um bebê. Mas essas coisas o bêbado virtual releva porque afinal é uma fêmea, uma caça qualquer à disposição. E ele, confia no seu taco. É ai que a Lei Seca deveria se estender ao mundo virtual. Não é possível que os bêbados continuem a transitar livremente pelo Facebook. Para a sua própria segurança, deveriam ser interditados. Não precisaria de bafômetro. Nesse caso, o bêbado ao invés de enrolar a língua enrola mesmo os dedos. E dedilha tanta merda. Surgem "hahahas" fora do lugar, links repetidos de outras cantadas, insinuações, "hummms" excessivamente longos, tergiversações surrealistas, haicais involuntários, vírgulas e todo estupro que a língua portuguesa pode sofrer. Os menos cretinos pelo menos não fazem "declarações de amor", porque o bêbado arrisca primeiro na questão fisiológica "da coisa" para ver se cola. E se colar, coitado! Afinal, ele só conseguiu uma desesperada do outro lado da tela.
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