segunda-feira, junho 17, 2013

12º andar

Nem penso no que eles pensam. Agora entendo porque o garoto não suportava as máquinas ferozes. Elas vivem podando sua criatividade e impondo sentenças medíocres para fins lucrativos. Sim, eu já sabia disso. Mas a gente sempre tenta mascarar a realidade. É como o botão que falta na camisa. O botão falta e você sabe que a camisa vai continuar servindo mesmo assim. 
Ele disse vem. Não fui. E os azulejos permaneciam craquelados. Uma menina sorri no 12º andar. Ela olha para fantasmas.  Mas não os teme. Ainda assim, sorri. O relógio da vida vai tiquetaqueando em minha cabeça. Cada minuto pode ser o último! A umidade relativa do ar afeta proporcionalmente os rins. Faz frio. Nem dá pra bater o queixo. No meio da multidão vi seu riso. Vem. Eu fui. Chega o momento em que as fichas caem e percebemos que mesmo sendo poeira cósmica, um instantinho fugaz, seremos sempre estrelas. Nunca aceite nada menos do que o brilho delas. E não são só números, verbas, gastos. E sim sentimentos. Emoções. Honra. Dignidade e Respeito.
E agora penso lógica e racionalmente como nunca havia feito antes.
Basta de empresas sanguessugas, de políticos corruptos, de mulheres malvadas, de um governo que não investe no que importa, de homens cretinos, de gente que rouba, de impunidade. Basta! 
É hora de arrancar a camisa, esteja ela com ou sem botão. 

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