terça-feira, setembro 05, 2006

Relutei, relutei e relutei muito para ouvir John Pizzarelli. Foi em 2003 a primeira audição. E vou ser sincera, não morri de amores, achei ele jazzístico demais. O meu foco musical, na época, estava muito mais na Diana Krall. Mas enfim, passados 3 anos, me encantei com o Pizzarelli de vez. Guitarrista e vocalista do mais puro e simples tipo de jazz, ele trás doçura e verdadeiros bebops que, falando abertamente, só ele tem. Em 1998, a RCA lançou "Meets the Beatles", onde ele reinterpreta canções clássicas do quarteto de Liverpool. E vou dizer, é incrível. Já no ano seguinte ele pagou tributo a uma de suas maiores influências, o pianista e vocalista Nat King Cole, em "P.S. Mr. Cole", outra grande obra do músico. Falo destes dois álbuns pois é deles que venho me alimentando sonoramente. E não vejo a hora de encontrar mais coisas do cara, afinal, eu até vou gostar de ver essa descoberta acabar em “Pizza”. E como!

3 comentários:

Anônimo disse...

john pizzarelli, apesar de jovem, é da linhagem antiga do jazz. se nascesse no entre-guerras, nos anos 30, teria tocado nas big bands nova-iorquinas. aquelas que embalam os filmes em preto e branco mostrando a construção do empire state building. um expoente genial do período é glenn miller, por exemplo. mas conheço pouco a respeito de pizzarelli. o descobri por intermédio da autora do post de arriba, o que particularmente é uma satisfação. agora, recomento pizzarelli! não só por levar na mala a herança de tempos românticos do jazz americano, como também pela beleza dos arranjos que compõe. em vários momentos lembro o experimentalismo de coltrane ou miles. em muitos solos e fraseados, metheny. e as letras - ah, as letras... é pro nêgo dar uma pausa nas análises musicais e simplesmente sentir.

ps - roberval é codinome de maurício boff. repórter, baixista, mais arteiro que artista e ser humano nas horas vagas.

Anônimo disse...

Lindo! Lindo! Lindo!
Aiiiiiiiiiiiiiiiii fiquei mole!

Anônimo disse...

E ah, senti algo tão "Minuto do Jazz" nesse post! Tá aí a "química" do negócio. Sentir.
Viva o sentimentalismo. Viva a música.E tudo mais que nos toca a alma e faz sorrir. Pizzarelli é um deles. Maurício Boff também.E tenho dito!