quarta-feira, agosto 31, 2005

Tiro ao álvaro



"De tanto levar
frechada do teu olhar
Meu peito até
parece sabe o quê?
Tauba...
de tiro ao álvaro
Não tem mais onde furar"

Graça heim?! Essa musiquinha bonitinha dos Demônios da Garoa não sai da minha cabeça...

Hum...

terça-feira, agosto 30, 2005

Leitura alheia

Buenas, devido a correria que encontro-me durante essa semana da Expointer, e estou mais lá do que cá (no intermundo), não tenhotempo para postar e nem escrever “testículos” meus.
Sendo assim, hoje eu os convido a conhecer o site GARGANTA DA SERPENTE, do qual um amigo e - sem sombra de dúvidas - um grande escritor faz parte.
Em suas contribuições literárias para o site destaco o conto Espelho Sírio e acredito que se vocês já pousaram os olhos nos textos de Nelson Rodrigues e Rubem Fonseca, irão se deliciar com a sublime narrativa desse escritor gaúcho.
Bom Apetite!
Bom fim de tarde!
E aiiii, chega de chuva!

segunda-feira, agosto 29, 2005

Enganei-me, Enganei-me - Paciência!

Enganei-me, Enganei-me - Paciência!
Acreditei as vozes, cri, Ormia,
que a tua singela igualaria
à tua mais que angélica aparência.

Enganei-me, Enganei-me - Paciência!
Ao menos conheci que não devia
pôr nas mãos de um externo galhardia
o prazer, o sossego e a inocência.

Enganei-me, cruel, com teu semblante,
e nada me admiro de faltares,
que esse teu sexo nunca foi constante.

Mas tu perdeste mais em me enganares:
que tu não acharás uma firme amante,
e eu posso de traidores ter milhares.

Tomás Antônio Gonzaga (versão by Pree)

sexta-feira, agosto 26, 2005

Favela trés trés chique


Negro de infância pobre, músico autodidata, poliglota improvisado, supostamente bonito, ator, cantor, compositor, sambista e pop, Seu Jorge é o artista do “tipo exportação” , principalmente para a ala da indústria cultural primeiro-mundista que se diz independente. Ele poderia ser mais do que isso, mas parece estar gostando do seu papel.
Esse primeiro parágrafo extraído do comentário de Luís Fernando Vianna, colunista da Folha de São Paulo, retrata exatamente a atual fase do Seu Jorge: Cidadão do mundo, globalizado, vanguardista, pouco sonoro e mais visual. Aventurando-se cada vez mais na sétima arte (ele atuou em “Cidade de Deus”, “Casa de Areia” e “A vida marinha de Steve Zissou”), Seu Jorge firmou-se como um samba-roqueiro cheio da jinga - principalmente - nos tempos do seu ex grupo “Farofa Carioca”, e de lá pra cá, ao investir na carreira solo, subiu no salto alto e trocou o suingue brasileiro pela atmosfera Francesa .
Em “Cru”, seu novo cd, ele deixa clara a sua mudança. E não é porque ele canta em italiano ou em inglês e regrava “Chatterton” do francês Serge Gainsbourg. Não! É porque o samba ficou fino demais, seco demais, raro demais, cru demais. Segundo o próprio release do álbum, Seu Jorge não tem mais tempo para se prender a fronteiras : “Em um período de descanso entre trabalhos no Brasil e em Hollywood, Jorge foi à França recarregar suas baterias e gravou seu novo álbum”.
Foi coisa rápida, voz e violão – claro a mistura desses elementos são suficientes para encher as pistas dos bailes - lembram-se do hit “Carolina”?!?! Pois bem, ele entrou no estúdio praticamente sozinho e gravou versões acústicas e desplugadas de seus sucessos. Até ai tudo bem,mas...quais são os sucessos? Hummm...deixe me ver...ahn, nenhum! Nem Carolina, nem Mangueira, nem nada...só Mania de Peitão (com um discurso bacana no início mas que termina como critica corpotamental no final...bobagem!), ah tem a nova TIVE RAZÃO com clipe na MTV e tudo mais.
Mas caro leitor, francamente o brilho de Seu Jorge perdeu-se no trajeto Paris-Rio de Janeiro, Rio de Janeiro-Paris. Não que o cd seja um fracasso, negativo! Tem grandes sacadas, mas Seu Jorge deve ter se fascinado tanto com o próprio sucesso internacional, que esvaziou assim a sua força musical.
Afinal ela existe, e foi por causa dela que Seu Jorge fez o sucesso que fez. Neste novo cd destaco, sem sombra de dúvidas, a regravação de SÃO GONÇA (fucking song!) e a interpretação da tristinha “Bola de Meia”, sem esquecer do samba de Noca da Portela: "Eu sou Favela".
É claro, Seu Jorge é favela mesmo, deve ter sido por isso que o cd foi produzido pelo Gringo da Parada, fundador do bar e restaurante Favela Chic, de Paris. Mas seu último trabalho deixou claro que Seu Jorge virou favela chique "demais", virou cantor-ator "demais", ficou tão “cru demais", que fica difícil de digerir. ::: Nenhuma maravilha :::

terça-feira, agosto 23, 2005

My Butt is Big



A MELHOR PROPAGANDA DOS ÚLTIMOS TEMPOS!

A nike seguindo o exemplo da Dove que decidiu usar gente de verdade,
com curvas e defeitinhos...fez essa homenagem pras popozudas aqui!

COMO NÃO TEM COMO LER O TEXTO VOU COLOCÁ-LO
AQUI PRA VCS RIREM UM POUCO:

"My Butt is big and round like the letter C,
and 10,000 lunges have made it rounder but not smaller.
And that’s just fine.
It’s a space heater for my side of the bed.
It’s my ambassador.
To those who walk behind me, it’s a border collie that herds
skinny women away from the best deals at clothing sales.
My butt is big and that’s just fine.
And those who might scorn it are invited to kiss it.
Just do it”

Tradução:
"Minha bunda é grande e redonda como a letra C,
e 10.000 exercícios só a deixaram mais redonda, mas não menor.
E tudo bem com isso.
É um aquecedor para meu lado da cama.
Àqueles que andam atrás de mim, é uma border collie que afasta
mulheres magrelas dos melhores negócios em vendas da roupa.
Minha bunda é grande e tudo bem com isso.
E aqueles que a desprezam, os convido para beijá-la.
Apenas faça"

::: Maravilhosamente real::: Adorei!

segunda-feira, agosto 22, 2005

Segunda do Soneto

Maldição

Se por vinte anos, nesta furna escura,
Deixei dormir a minha maldição,
Hoje, velha e cansada da amargura,
Minha alma se abrirá como um vulcão.

E, em torrentes de cólera e loucura,
Sobre a tua cabeça ferverão
Vinte anos de silêncio e de tortura,
Vinte anos de agonia e solidão...

Maldito sejas pelo ideal perdido!
Pelo mal que fizeste sem querer!
Pelo amor que morreu sem ter nascido!

Pelas horas vividas sem prazer!
Pela tristeza do que eu tenho sido!
Pelo esplendor do que eu deixei de ser!...

Olavo Bilac (carioca cheio de inspiração que muito acrescentou para a Literatura Brasileira).

sexta-feira, agosto 19, 2005

E o Aladdin que se fo..

Melhor do que gastar dinheiro bancando a bonérrima (porque o estágio de boa eu já passei) moça que ama, prefiro como diz o sabido colega Leandro Olegário: desejar.
Há sentimento, calor, feeling, emoção e tesão melhores do que os instigados pelo desejo? O fato de ter um objetivo que saliva-te a boca, que estremece-te o corpo e atormenta-te os pensamentos é único...hum...desejo é bom, desejo é calor, desejo é espera e esperança, desejo é tudo e quando é correspondido, Gee... é muito melhor do que morangos flambados e rapidinhas na escadaria.
Portanto caríssimos, desejem, desejem o mundo, os homens, as cores, os aromas, as chuvas, as músicas, os poemas, as mulheres, os olhares, a vida...
Seria o desejo o caminho da salvação – ou da perdição - de nossas almas?!

PS: Agora o Aladdin que se vire pois o gênio da lâmpada anda por esses lados realizando alguns desires das pessoas realmente maravilhosas! ::: Swell girl desires:::

quarta-feira, agosto 17, 2005

terça-feira, agosto 16, 2005

segunda-feira, agosto 15, 2005

Mais um soneto!

Sim tenho uma paixão por sonetos e sonetistas, e é por isso que toda semana vou postar um aqui no blog. Para quem não sabe - pois deve gastar o tempo ocioso assistindo a novela das seis, das sete e das oito - o soneto é um poema de quatorze versos, dispostos em dois quartetos e dois tercetos.O termo deriva do latim sonus, que quer dizer som, ruído e designa também a voz, a palavra, a inflexão. Em sentido figurado, segundo Sérgio Faraco, pode significar brilho de estilo. Mas chega de tantas explicações...é hora de "sonetar":

:::CONTRA-SENSO:::

Oh! meu amor, escuta, estou aqui.
Pois o teu coração bem me conhece:
eu sou aquela voz que, em tanta prece,
endoideceu, chorou, gemeu por ti!

Sou eu, sou eu que ainda não morri
- nem a morte me quer, ao que parece -
e vinha renovar, se inda pudesse,
as horas dolorosas que vivi.

Oh! que insensato e louco e quem se ilude!
Quis fugir , esquecer-te, mas não pude...
Vê lá do que os teus olhos são capazes!

Deitando a vista pelo mundo além,
desisto de encontrar na vida um bem
que valha todo o mal que tu me fazes!

Marta Mesquita da Câmara
Poeta Portuguesa nascida em 1894, em Lisboa.

quinta-feira, agosto 11, 2005

Oh yes, I fucked your boyfriend!

E tá dado o recado da fedelha aqui oh!

terça-feira, agosto 09, 2005

Te apresento meu amigo...

Hoje com uma correria danada em meio as atividades profissionais que exerço só tô deixando uma dica de blog bacana e bonito, que por sinal, é de um GRANDE fella - ops, amigo meu:

Visitem o Viagem Literária clicando aqui, idealizado e redigido pelo meu amigão e quase publicitário: Silvio Pilau!

Ósculos e mais ósculos!

Fui... com a maravilha de sempre!

segunda-feira, agosto 08, 2005

Segundona!

Pra começar a semana com o mais expressivo poeta da língua castelhana - com vocês (pela ésima vez em meus textos e colocações) - meu sempre adorado: Pablo Neruda!

Pensei morrer, senti de perto o frio,
e de quanto vivi só a ti deixava:
tua boca eram meu dia e minha noite terrestres
e tua pele a república fundada por meus beijos.


Nesse instante terminaram os livros,
a amizade, os tesouros sem trégua acumulados,
a casa transparente que tu e eu construímos:
tudo deixou de ser, menos teus olhos.


Porque o amor, enquanto a vida nos acossa,
é simplesmente uma onda alta sobre as ondas,
mas ai quando a morte vem tocar a porta


Há teu olhar apenas para tanto vazio,
só tua claridade para não seguir sendo,
só teu amor para fechar a sombra
.

Uma wonder week pra vocês e muito vinho tinto para essa friaca terrível que voltou a
dar o ar da graça! Maravilhas under the blankets (hihihi)!

quarta-feira, agosto 03, 2005

Aguardando a Maravilha!

Porto Alegre é muito amada pela cidadã quem vós escreve, entretanto, as coisas boas - às vezes - demoram muito para chegar aqui! Esse é o caso do lançamento da Panini: Grandes Clássicos - vol 1 -MULHER MARAVILHA (Deuses e Mortais) ilustrado por George Perez.
Foi uma luta insana conseguir que os exemplares dessa obra rara e prima da nossa Amazona chegasse no RS. Lançado em 31.03 o livro tem 180 páginas e vem numa edição toda especial. Sendo divido em 7 exemplares de colecionador. Ok, vcs estão se perguntando como a Wonder Pree ainda não adquiriu o mesmo?! Ué, simplismente pq não havia nenhum exemplar no meu Porto tão Alegre.
Hoje liguei pra Panini em Sampa e o atendimento paulista - cês sabem - sempre deixa a desejar. Porém, ao contatar com a maior distribuidora de revistas de Santa Catarina eu consegui um simpático e eficiente atendimento de um camarada chamado Rodrigo - um carinha com aquele sotaque querido do Guga lembram? - sulistas sempre tão atenciosos!
Enfim...na tarde quente de hoje dei uma escapadinha do trabalho e fui até a distribuidora gaúcha das revistas. Lá estava eu mostrando a "cover da mag" pro gerente quando ele diz:

- Deixa eu ver aqui umas notas. Ahm...aqui! A tua revista chegou nas cargas de ontem.
Amanhã estará nas bancas. Veja a nota!

ARGHSSSSS....UM DIA, AINDA VOU ESPERAR MAIS UM DIA!

Ok. Queria agradecer ao cara da Distribuidora Fernando Chinaglia que mostrou-me a nota e ao mocinho que um dia sentado no banheiro de sua casa mostrou-me o encarte de um jornal que apontava o livro da WONDER como uma bela dica! Valeu, então amanhã cedinho tô eu nas bancas... Cameron, Rei Midas..whatever, nem que eu seja a primeira semi mortal a entrar no Iguatemi para pegar o meu exemplar! Maravilhas incontáveis!

segunda-feira, agosto 01, 2005

Em Boa Companhia

Uma das características mais marcantes dos filmes de Paul Weitz é a sensibilidade e o teor humano de suas narrativas. Sem tornar-se apelativo ou ser um tipo de degradador da espécie humana, Weitz retrata com humor as características de seus personagens. Em Boa Companhia, assim como fez em Um Grande Garoto, Weitz conduz a história de forma sensível, transmitindo uma mensagem simples e muito real.

O filme aborda com sensibilidade a carência, os medos, as grandes corporações engajadas no modelo globalizador de visionar apenas o lucro, os encontros e desencontros, a substituição, os sonhos e as esperanças. Enfim, o filme não é um enlatado cheio de teenagers felizes e sorridentes, ou com bonitões super sarados e que só querem viver felizes para sempre. Não! Em cartaz em boa parte das salas de cinema da capital, o filme seria uma boa maneira de sensibilizar os jovens - e até mesmo adultos idiotas - em seus ócios diários de consumirem uma boa proodução na sessão da tarde.

A história, que é bem diferente das comédias e romances que vemos por ai, parte da vida de Dan Foreman (Denis Quaid) - o estagnado chefe de vendas de publicidade de uma revista esportiva. Quando a revista é comprada por uma empresa poderosa, Dan é susbtituído por Carter Duryea (Topher Grace - o meninão magricelo e engraçado do That 70s Show), um yuppie em ascensão de 26 anos que não tem a mínima experiência no ramo.

Indignado com o rebaixamento e preocupado com a família, Dan cria uma cena de hostilidade com o jovem Carter. Entretanto, o rapaz afeiçoa-se carinhosamente por Dan. Para piorar a tensão da película, Carter se apaixona por Alex, filha mais velha de Dan, interpretada pela talentosa Scarlett Johanson (que acaba ficando sem espaço devido à atuação magistral dos protagonistas).

Daí em diante, os resultados são cenas hilárias de constrangimento, um pouco de dó pela solidão alheia e muita esperança para que o amor vença no final. Acostumados com o modelo Hollywoodiano de finais felizes, o filme Em Boa Companhia difere do lugar-comum cinematográfico, pois prende o expectador pela sua singularidade de transitar tão bem entre a tristeza e a alegria. Destaca-se no filme a atuação de Topher Grace, o protagonista do seriado setentão consegue tirar boas risadas do público com o próprio sofrimento de seu personagem.

O final, bem o final de filme eu não conto senão perde toda a graça né. Mas, oh valendo-se de um roteiro como esse de que importa o final. O importante é a mensagem e, entendendo a moral , o final é apenas, mais um final. 4maravilhas!