É muito bom ver os amigos brilhando e tendo sucesso naquilo que amam e fazem. Esse é o caso do Gustavo Machado. Na próxima quinta, dia 26, ele lança o primeiro livro. "Sob o céu de Agosto" é um daqueles livros que você começa a ler e não quer parar. Tem narrativa, personagens, uma coisa que me lembra Rubem Fonseca, claro, tudo nas suas devidas proporções. Mas ai vocês se perguntam: como é que ela sabe tanto do texto se o livro nem foi lançado?! Ahhh, elementar meus caros, eu li essa deliciosa obra ainda nos originais. Eles pararam na minha antiga mesa de trabalho dentro de um envelope de papel pardo. "Lê e depois me diz se tu gosta". Foi assim, há uns 4 ou 5 anos que eu li e adorei Sob o céu de Agosto.
Por isso vai um pedaço desse céu pra vocês...
"Havia um cinza azulado envolvendo a cidade. Cinza azulado? É o melhor jeito de simplificar. Cinza azulado com umas manchas brancas que fatiavam em camadas espessas os muitos blocos de nuvens que se acavalavam como um caleidoscópio. Antes, tentara pintar essa cor várias vezes, mas não acertava a mão. Pensara em puxar para o chumbo, com umas notas discretas de violeta. Mas sempre ficava artificial, escuro demais, claro demais, violeta demais. Nunca deu certo, apesar de ser quase uma obsessão. Desde muito, batizei essa cor, para a eventualidade de conseguir registrá-la: Céu de Agosto, o nome da cor. Talvez porque agosto seja o mês mais emblemático do inverno. Esse Céu de Agosto é a tônica cromática do inverno, na minha opinião, e isso agora não vinha ao caso".
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