Eu tenho mesmo aprendido muito sobre o amor. Mas meu espírito segue cravejado de dúvidas. Uma fase, talvez, meio socrática, na linha do só sei que nada sei. Eu teria tanto a dizer sobre o turbilhão de sentimentos que sinto...Teria não, tenho. Lá no fundo as coisas são bem simples, muito mais do que se imagina. O supermercado me acalma. O impulso desenfreado do consumo é uma válvula de escape. Daquelas bem sem-vergonhas e que te fazem comprar bicicletas e grills. Caminhar não alívia, pois se o corpo físico cansa, a mente - essa danada - fica a dar voltas e voltas até formar um nó. As perguntas se amontoam como roupa suja que você teima em deixar do lado da máquina. Acho que preciso de uma casa nova. Chega um tempo de mudança, um tempo em que é preciso ter novos desafios. Encontrar o lar ideal é um deles. Ela não precisa ser grande, mas precisa ter alma e espaço suficiente para abrigar um coração que vive querendo mais e mais e mais da vida. Essa, que por aqui segue cheia de pontos curvados de interrogação. Creia: eu também não encontro gente suficientemente inteligente para responder às minhas questões.
Um comentário:
Pree, sei bem o que é pedalar neste turbilhão de sentimentos, misturando idéias em carrinho de supermercado e tendo nós mentais quando na verdade são os outros que complicam o que para nós são coisas simples e tão naturais quanto as batidas do coração.
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