'S Wonderful! 'S Marvelous! You should care for me! 'S awful nice! 'S paradise! 'S what I love to see!
sexta-feira, março 30, 2012
quarta-feira, março 28, 2012
terça-feira, março 27, 2012
É uma delícia
No primeiro dia pensei em desistir. Afinal, manter o equilibro, ser flexível, ter uma postura correta e ainda coordenar a respiração era muita coisa para uma pessoa tão hiperativa e agitada. Sem contar o suor e a extrema concentração. Um somatório de itens que me levariam diretamente para o calabouço do "fui, tentei e larguei". Depois da primeira experiência prática o pior estava por vir: eram elas, as dores. Nossa, foram tantas e em tantos lugares do corpo que pensava em me jogar no chão a qualquer hora do dia. Meus órgãos estavam doloridos. Tudo fora do lugar. E isso não aconteceu apenas depois da primeira aula, foi depois da segunda, da terceira, da quarta , da quinta , etc. Aliás, depois de mais de um mês praticando, às vezes algum músculo grita no dia seguinte. Mas o esforço tem sido recompensado. A cada asana (posição) que eu consigo executar a minha alma vibra de alegria. Não havia nada enferrujado por aqui, só tava tudo parado mesmo. A flexibilidade era uma antiga aliada das aulas de educação física, pernas e braços se tocam com o maior prazer. Ganhei mais vitalidade no dia a dia. Mais tesão. O corpo e a mente andam mais ligados, em sintonia. O Yoga é uma grande experiência. Uma lição preciosa que pode ser feita em qualquer lugar, em qualquer situação. É um ensinamento. Uma perspectiva. Alguns levam como estilo de vida, mas eu ainda continuo achando que ele é um delícia. Daquelas que dão muito prazer e a gente nem pensa em largar.
segunda-feira, março 26, 2012
A milésima é dela
A milésima postagem desse blog só podia ser uma homenagem para ela. Grandiosa, fascinante, cheia de curvas, politizada, complexa e profunda. Não é uma heroína, como aquela que dá nome a esse espaço de idéias e priscillismos. Muito menos uma música que embala gerações e corações. Ela é mais, muito mais. Ela é dona da minha vida, da minha história, dos meus tropeços, risos, choros e sussurros. Ela abriga e abrigou as pessoas mais importantes da minha existência. Ela é a minha casa. O meu pedaço tão sagrado de terra. Ela é um porto, que entre os milhares que existem no mundo só podia ser o mais alegre. Ela é minha. Quem me vê, me ouve, me sente, sabe que pertenço a ela. Cidade do meu coração. Meu chão. Meu cheiro. Ela é uma mãe. Protetora, avassaladora. E apesar deu ter apenas pouco mais de duas décadas eu conheço cada pedacinho dela na palma da minha mão. O riso roubado que vem das crianças da zona norte, o desviar de todo mundo no centro cheio, o cheiro das árvores da Redenção, o domingo de sol no Guaíba, as ruas lindas da minha Três Figueiras, a Goethe onde aprendi a patinar, o Morro Santa Tereza com a vista mais incrível do planeta, o Bom Fim do meu nascimento, da minha escola, da minha família, os domingos com os primos no tão pacato Higienópolis, a Bom Jesus e suas quebradas, os caminhos rurais cheios de frutas no extremo sul, o carnaval colorido do Porto Seco, as andanças de skate pelo Petrópolis, as caminhadas matinais com o amor no Parcão, as vilas - que já são centenas - tão cheias de histórias como de problemas, a Mauá pintada, a Protásio sagrada. Porto Alegre é isso. É muita vida, e muito amada.
Pra quem é de fora, seguem dois vídeos que mostram o que é SER DE PORTO ALEGRE. E não me venham, os nascidos em outras querências, dizer que são Porto-alegrenses de coração, ora, isso não existe! Afinal o coração tem de ser fiel e só bater por uma cidade. É aquela que gente nasce, cresce, até vai embora, mas no fundo, cria raiz. É como time de futebol. A gente nasce com um. E tem de morrer com ele.
É por isso, que EU TE AMO PORTO ALEGRE!
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sensacional; priscillismos
sexta-feira, março 23, 2012
Como as estações
Flores, delitos, inquietudes.
Tudo tem vida.
Tudo.
O outono chega com essa deliciante brisa.
O cheiro de mato se revela.
Roupa no varal.
Venta.
Mudo.
Tudo tem vida.
Tudo.
O outono chega com essa deliciante brisa.
O cheiro de mato se revela.
Roupa no varal.
Venta.
Mudo.
quinta-feira, março 22, 2012
Foster the people
Indie rock californiano, ensolarado, com três guris bem legais e trilha das festas de Beco e Cabaret. Som de dançar. De ouvir no carro. Na sala. Ou simplesmente gritando o refrão clichetudo e cheio de marra: "All the other kids with the pumped up kicks. Better run, better run faster than my bullet".
Ahn, os caras vão tocar no Lollapaloza em abril, lá em Sampa. #ficaadica
quarta-feira, março 21, 2012
Perdigueira
Eu me faço de surdo.
Fico com vontade de pedir emprestada a chave da prisão para passar o domingo. Acho o controle comovente. Invejável.
Não sou favorável à indiferença, à independência, ao casamento sartreano. Fui criado para fazer um puxadinho, agregar família, reunir dissidentes. Duas casas diferentes já é viagem, não me serve.
Aspiro ao casamento pirandelliano, um à procura permanente do outro. Sou um totalitário na paixão. Um tirano. Um ditador. Não me dê poder que escravizo. Não me dê espaço que cultivo.
Quero uma mulher perdigueira, possessiva, que me ligue a cada quinze minutos para contar de uma ideia ou de uma nova invenção para salvar as finanças, quero uma mulher que ame meus amigos e odeie qualquer amiga que se aproxime. Que arda de ciúme imaginário para prevenir o que nem aconteceu. Que seja escandalosa na briga e me amaldiçoe se abandoná-la. Que faça trabalhos em terreiro para me assustar e me banhe de noite com o sal grosso de sua nudez. Que brigue pelo meu excesso de compromissos, que me fale barbaridades sob pressão e ternuras delicadíssimas ao despertar. Que peça desculpa depois do desespero e me beije chorando.
A mulher que ninguém quer, eu quero. Contraditória, incoerente, descabida. Que me envergonhe para respeitá-la. Que me reconheça para nos fortalecer.
A mulher que não sabe amar recuando e não tolera que eu ame atrasado. Alegria pequena e preciosa de respirar rente ao seu nariz e definir com que roupa vou ao trabalho.
O amor é uma comissão de inquérito, é abrir as contas, é grampear o telefone, é cheirar as camisas. É também o perdão, não conseguir dormir sem fazer as pazes.
O amor é cobrança, dor-de-cotovelo, não aceitar uma vida pela metade, não confundi-la com segurança. Exigir mais vontade quando ela se ofereceu inteira. Quem aspira ao conforto que se conserve solteiro. Eu me entrego para dependência. Não há nada mais agradável do que misturar os defeitos com as virtudes e perder as contas na partilha.
Não há nada mais valioso do que trabalhar integralmente para uma história. Não raciocinar outra coisa senão cortejá-la: avisá-la para espiar a lua cheia, recordar do varal quando começa a chover, decorar uma música para surpreendê-la, sublinhar uma frase para guardá-la.
Quero uma mulher imatura, que possa adoecer e se recuperar do meu lado. Uma mulher que me provoque quando não estou a fim. Que dance em minhas costas para me reconciliar com o passado. Que me acalme quando estou no fim do filtro.
Não me interessa um tempo comigo quando posso dividir a eternidade com alguém.
Quero uma mulher que esqueça o nome de seu pai e de sua mãe para nascer em meus olhos. Em todo momento. A toda hora. Incansavelmente. E que eu esteja apaixonado para nunca desmerecê-la, que esteja apaixonado para não diminuí-la aos amigos.
--------
É meus amigos, será que esse cara acima existe?!
Quem dera! Afinal, a mulher perdigueira sofre um terrível preconceito no amor. Como se fosse um crime desejar alguém com toda intensidade. Ela não deveria confessar o que pensa ou exigir mais romance. Tem que se controlar, fingir que não está incomodada, mentir que não ficou machucada por alguma grosseria. Ela é vista como uma figura perigosa louca, desvairada. Não pode criar saudade das banalidades, extrapolar a cota de telefonemas e perguntas. É condenada a se desculpar pelo excesso de cuidado. Pedir perdão pelo ciúme, pelo descontrole, pela insistência de sua boca. Boca que sempre quer beijos. Exige-se que seja educada. Ora, só o morto é educado. O homem inventou de discriminá-la. Em nome do futebol. Para honrar a saída com os amigos. Para proteger suas manias. Diz que não quer uma mulher o perseguindo. Que procura uma figura submissa e controlada que não pegue no seu pé.
Que pena, não?!
terça-feira, março 20, 2012
segunda-feira, março 19, 2012
Receita de mulher
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental.
É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível.
É preciso
Que tudo isso seja belo.
É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens.
É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado.
É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como o âmbar de uma tarde.
Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas.
Nádegas é importantíssimo.
Olhos, então
Nem se fala, que olhem com certa maldade inocente.
Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar as pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes.
Indispensável
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteia em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebal
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!)
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério.
Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos.
A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37º centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau.
Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar.
Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se se fechar os olhos
Ao abri-los ela não mais estará presente
Com seu sorriso e suas tramas.
Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida.
Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.
Vinicius de Moraes
Procuro apartamento
Foi aqui em Porto Alegre, há 28 anos. Era madrugada no bairro Bom Fim onde nasci. Cheguei de susto a um casal já maduro para ter filhos. Mas que mesmo assim me recebeu pra lá de bem. Gostaram tanto de mim que preferiram me manter única. Daí meu temperamento, minha inconformidade, minha relutância ante a resignação. Seria mimo demais? Vai saber... Contam que custei a chorar. Talvez porque, mesmo naquele primeiro sopro de vida, eu já desse sinais de ter gênio difícil, pra não cair no simplismo de dizer que sou furiosa. O bom para, os que me são caros, é que uso essa mesma tenacidade incandescente para defendê-los. E como!
Sou gremista, confesso que à beira do fundamentalismo, mas a compaixão e as aspirações humanitárias me fazem conviver bem com os outros. Livros, doces, flores, música, cinema e outras delícias compõem a base da minha alimentação. Acho que a dança e as artes plásticas são as minhas melhores expressões, além de cozinhar muito bem (pelo menos é o que dizem). Faço yoga, desenho, francês. A vida tem que ter aprendizado. Sou curiosa por natureza. E que natureza! Daquela que pode ser selvagem e mansa, mas que sempre é minha. Natureza que talvez tenha encantando um homem. O meu homem. Aliás, casei e nem falei. A alegria demasiada às vezes precisa ser preservada.Tenho dois filhos, de coração. Helena e Joaquim são as minhas esperanças no futuro. São o que há melhor no termo conhecido com amizade! Meus afilhados, meus amores.
Com essa mistura, a que chamo “priscillismos”, toco a vida de jornalista desde quando ingressei na PUC, há onze anos, sendo que cinco deles já são dedicados à TV. Acho que até antes de me formar era assim. É, porque, mesmo defendendo a exigibilidade de ingresso diplomado na profissão, penso que a gente já nasce mais ou menos jornalista, pensa e age como tal mesmo antes de ganhar a vida dessa forma. Comecei em um estágio em uma assessoria de comunicação do Estado. Um ano depois fui parar na Assembléia Legislativa, onde fiquei três anos como assessora e repórter. Foi ali que surgiu a paixão pela política.
Aliás, é outra coisa estranha essa de gostar tanto de política: eu sempre me imaginei fazendo jornalismo cultural, talvez. Mas a idéia de que o assunto me fascinava se consolidou durante a minha passagem pela editoria de política do Correio do Povo, em 2007. Um pouco depois surgiu um teste para a recém criada TV Record RS. Hoje, sou repórter de rede nacional, falo de tudo e todos, chego cedo, saio tarde. Gosto de contar história, boas histórias. E como todo bom soldado, sou pau pra toda obra.
No final das contas já vendi meu carro, tenho esses dentes bem branquinhos como marfim de elefantes africanos, gosto de esmaltes vermelhos e unhas curtas, perdi a minha mãe por causa de um câncer, meu sotaque é beeeeem de Porto Alegre, adoro jazz, sou consumista sem controle, ensolaro quando chego, tenho mais alma do que calma, amo o Vinicius e procuro um apartamento. Com 3 quartos, sacada, garagem e elevador, por favor!
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quinta-feira, março 08, 2012
quarta-feira, março 07, 2012
Viver é perigoso e por isso delicioso.
Chegamos aqui.
Entre mortos, mortas, feridos e feridas, chegamos aqui.
Houve tsunamis, terremotos. guerras, acidentes, vulcões, erupções, ventos, ciclones. Muitas pessoas foram levadas, arrastadas, engolidas, desaparecidas.
Nós ficamos.
Estamos aqui. Com tropeços, com feridas, mancando e nos arrastando - chegamos aqui.
Há os mais fortes e destemidos que saltaram os obstáculos, mas até quando saltarão?
Transitoriedade.
Velhice, doença e morte.
E depois da morte? Como é?
E depois da vida? Como será?
Estamos aqui.
Onde estamos é o local sagrado e precioso.
Nossa vida.
Minha vida, a sua vida, a nossa vida.
Viver é perigoso e por isso delicioso.
Nesta caminhada sem começo e sem fim, nada surge e nada desaparece, apenas é. [...]
Monja Coen. É por essas e outras que gosto dos budistas ;)
Entre mortos, mortas, feridos e feridas, chegamos aqui.
Houve tsunamis, terremotos. guerras, acidentes, vulcões, erupções, ventos, ciclones. Muitas pessoas foram levadas, arrastadas, engolidas, desaparecidas.
Nós ficamos.
Estamos aqui. Com tropeços, com feridas, mancando e nos arrastando - chegamos aqui.
Há os mais fortes e destemidos que saltaram os obstáculos, mas até quando saltarão?
Transitoriedade.
Velhice, doença e morte.
E depois da morte? Como é?
E depois da vida? Como será?
Estamos aqui.
Onde estamos é o local sagrado e precioso.
Nossa vida.
Minha vida, a sua vida, a nossa vida.
Viver é perigoso e por isso delicioso.
Nesta caminhada sem começo e sem fim, nada surge e nada desaparece, apenas é. [...]
Monja Coen. É por essas e outras que gosto dos budistas ;)
segunda-feira, março 05, 2012
Essa mina é f***
Eu já tinha dado a dica lá em julho do ano passado, e desde então Florence é uma máquina, de músicas. Pelo menos para mim!
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